Visitante de feira parte acidentalmente um Balloon Dog de Jeff Koons

“A vida simplesmente parou” quando escultura em vidro se estilhaçou numa feira de arte em Miami.

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Jeff Koons e um dos seus Balloon Dogs, mas de grande dimensão, no Museu Whitney em 2014 Lucas Jackson / Reuters

Era azul, reluzente e retratava um cão feito com um balão — mas era de vidro e já não existe. Uma das várias esculturas do artista Jeff Koons conhecidas como Balloon Dogs estilhaçou-se no chão na feira Art Wynwood, em Miami, na quinta-feira, depois de uma coleccionadora o ter acidentalmente deitado ao chão, noticiam os media internacionais.

A visitante, que não é identificada, estava na Art Wynwood numa antevisão especial para convidados e deitou a escultura, de pequenas dimensões, ao chão. Esta estilhaçou-se de imediato e, segundo o diário britânico The Guardian, houve mesmo quem achasse que se tratava de uma performance. Mas não. O pequeno cão azul valia 39,2 mil euros e o seu custo vai agora ser coberto pelo seguro da organização da feira.

“Vi uma mulher a fazer festas [à escultura] e depois aquilo caiu e partiu-se em mil pedaços", disse o artista Stephen Gamson a um canal televisivo de Miami, citado agora pelo Guardian. A mesma testemunha acrescentou, desta feita ao diário Miami Herald, que quando a obra caiu ao chão "foi como quando um acidente de viação atrai uma multidão numa auto-estrada". Cédric Boero, funcionário das galerias Bel-Air Fine Art, disse ao New York Times que "a vida simplesmente parou durante 15 minutos, com toda a gente à volta".

Há centenas de Balloon Dogs de Jeff Koons — neste caso e nesta série de 799 peças, como assinala a BBC, agora há menos um.

Jeff Koons não estava presente e ainda nada disse sobre o caso; o que resta da escultura está a atrair alguma atenção, com o mesmo Stephen Gamson a dizer no Instagram que tentou comprar o que restava dela. "Tem uma história muito cool", escreve.

Em Maio de 2019, a escultura Rabbit, de Koons, foi vendida por 91 milhões de dólares (81 milhões de euros) num leilão da Christie’s, estabelecendo um novo recorde no valor pago por uma peça de um artista vivo.

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