Os ciclistas de Amesterdão ganharam um estacionamento subaquático para sete mil bicicletas. O projecto, inaugurado no dia 26 de Janeiro, custou 60 milhões de euros e demorou quatro anos a ser construído (um vídeo timelapse, partilhado na rede social Twitter, mostra a evolução da obra num minuto).

Agora, a estação central da cidade holandesa está a substituir a velha zona caótica que servia de parque - são famosas as imagens turísticas que mostram pneus amontoados e chassis enferrujados -, por um espaço organizado, coberto e iluminado, onde cada pessoa tem um local específico para deixar a sua "companheira" de duas rodas.

O serviço é gratuito durante as primeiras 24 horas, sendo que depois desse período é cobrada uma taxa diária de 1,35 euros. Para já, luzes verdes ou vermelhas indicam quais lugares estão vagos e quais já foram ocupados. A partir de Abril, está previsto um sistema dinâmico capaz de informar em tempo real quantos lugares estão livres.

O objectivo da autarquia é devolver aos peões o espaço antes "engolido" pelos ciclistas, que recorrem muitas vezes a este meio de transporte para fazer a ligação ferroviária. “A estação central é um dos lugares mais movimentados de Amesterdão”, disse ao diário britânico Guardian Pieter Visser, gestor do projecto municipal de bicicletas.

“Muitos motociclistas usam o precioso espaço público para pedalar e estacionar. A autarquia optou por facilitar o estacionamento subterrâneo (neste caso, debaixo de água) para devolver o espaço público aos peões, turistas e pessoas com deficiência”, refere Visser.