Artista nigeriano transforma chinelos de plástico em retratos

O que começou como uma tarefa na faculdade em 2017, tornou-se um trabalho a tempo inteiro para Eugene Konboye.

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Reuters/SEUN SANNI
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Eugene Konboye, um artista nigeriano, está a transformar chinelos de plástico descartados em retratos coloridos, num esforço para ajudar a limpar o ambiente num país onde a poluição de plástico é predominante.

O que começou como uma tarefa durante a faculdade em 2017, tornou-se um trabalho a tempo inteiro para Konboye, cujo estúdio na cidade de Abeokuta, no estado sudoeste de Ogun, treina agora artistas que querem seguir os seus passos e criar retratos com flip-flop, os chamados chinelos de dedo.

A Nigéria produz anualmente pelo menos 2,5 milhões de toneladas de resíduos plásticos, de acordo com números governamentais, sendo que uma boa parte deste lixo acaba por ir ter ao oceano e aos rios.

Os chinelos de dedo são o calçado de eleição para muitos nigerianos. Para recolher a matéria-prima necessária às suas criações, Konboye, 30 anos de idade, abastece-se principalmente de lixeiras, aterros sanitários e margens de rios.

De volta ao seu estúdio, ele desinfecta e lava as suas descobertas antes de as cortar e colá-las numa tábua para criar um rosto em cada uma delas. Alguns clientes vêm ao seu estúdio com fotografias que ele utiliza para criar um retrato personalizado.

Eugene não é o primeiro artista a usar chinelos de dedo para fazer arte. Com chinelos que apanha na praia, Aristide Kouame também cria retratos gigantes na Costa de Marfim, segundo uma outra notícia da Reuters divulgada em 2021.

Com este lixo dos outros, Aristide produzia obras de arte que chegam aos mil dólares (cerca de 850 euros), cortando as solas de borracha e plástico nas peças para colagens em grande escala. “Isto é o lixo que as pessoas atiraram ao mar e que o mar nos traz de volta, porque não o quer.”

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