Consumidores de novas substâncias psicoactivas são homens, jovens e licenciados

Frequentam ou já concluíram o ensino superior e dizem consumir estes produtos para se divertirem.

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Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência promoveu um questionário online para obter estes resultados Tanja Ivanova/Unsplash

A maioria dos consumidores de novas substâncias psicoactivas em Portugal são homens entre os 18 e os 24 anos, frequentam ou já concluíram o ensino superior e dizem consumir estes produtos para se divertirem, revela um inquérito divulgado esta quinta-feira.

Estes são alguns dos dados apurados pelo inquérito online, dirigido a utilizadores de drogas com 18 ou mais anos, promovido em cerca de 30 países europeus, entre os quais Portugal, através do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD).

Promovido pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, o questionário online, de autopreenchimento, decorreu entre Março e Maio de 2021 e envolveu, em Portugal, 155 consumidores de novas substâncias psicoactivas.

Os dados extraídos deste inquérito europeu revelam que o consumo de novas substâncias psicoactivas (NSP) em Portugal acontece, maioritariamente, em homens entre os 18 e os 24 anos, que frequentam ou já concluíram o ensino superior e são empregados por conta de outrem a tempo inteiro.

Segundo o estudo, a maioria ingere estas substâncias, existindo ainda uma percentagem que as inala, além de afirmarem que consumem as NSP acompanhados e para se divertirem.

A amostra de consumidores de novas substâncias psicoactivas em Portugal indica ainda que o tipo de NSP mais consumidas são da família das anfetaminas, consumidas sob a forma de "pó, cristal e pastilhas", sendo que as substâncias mais frequentemente consumidas as fenetilaminas, triptamina e catinonas sintéticas.

O SICAD refere ainda que este inquérito online europeu sobre drogas tem como objectivo aprofundar o conhecimento sobre os padrões de utilização. Outros resultados do mesmo inquérito mostraram que os consumidores de cocaína em Portugal são, sobretudo, homens jovens e licenciados.

Já o consumidor tipo de produtos à base de cannabis é homem, licenciado, trabalha e vive com os pais. Diz consumir estes produtos para reduzir o stress, melhorar o sono e tratar a depressão.

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