Jornada Mundial da Juventude: veja aqui os locais onde irá decorrer e quem paga o quê

Parque Tejo, Belém, Belavista, Terreiro do Paço e Algés são alguns dos locais com trânsito condicionado por causa da Jornada Mundial da Juventude, em Agosto

Foto

A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) não se vai restringir ao Parque Tejo, junto ao rio Trancão, na fronteira entre os concelhos de Lisboa e Loures. O evento envolve vários locais, alguns que oficialmente ainda não foram confirmados, outros que vão sendo divulgados nos sites oficiais da Fundação JMJ e da Câmara de Lisboa.

O que é que se sabe até ao momento? Que haverá celebrações religiosas em três locais: no Parque Tejo, onde se dará o encontro entre o Papa Francisco e os jovens entre os dias 1 e 6 de Agosto, a via sacra e a vigília; no Parque Eduardo VII, onde o patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, dará uma missa e fará a abertura oficial da JMJ e no passeio marítimo de Algés, em Oeiras. Este último evento terá lugar depois de encerrada a JMJ e reunirá o Papa numa oração com os cerca de 30 mil voluntários da JMJ que são esperados.

São os palcos de 5,2 milhões de euros e 2 milhões de euros, respectivamente, do Parque Tejo e do Parque Eduardo VII, que estão a gerar polémica e que estão na base de uma reunião de emergência que tem lugar esta semana entre a Fundação JMJ e a Câmara de Lisboa, a quem cabe adjudicar a obra. Sobre o encontro que decorrerá em Algés, pouco se sabe. A Câmara de Oeiras tem recusado divulgar custos de investimento. Sabe-se, porém, que terá lugar no exacto local onde semanas antes irá decorrer o festival de verão NOS Alive. Este festival, aliás, é promovido pela empresa de Álvaro Covões, que, por sua vez, está a assessorar também a Câmara de Lisboa para grandes eventos. O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, recusou arcar com os custos deste último evento, tendo o Governo decidido no Verão organizá-lo em Oeiras, cujo autarca, Isaltino Morais, se disponibilizou de imediato.

PÚBLICO -
Aumentar

Em paralelo vai haver um Festival da Juventude e uma Cidade da Alegria. O primeiro evento é de âmbito cultural e vai decorrer, entre dias 2 e 4 de Agosto, em três sítios diferentes: o Parque da Belavista, o Terreiro do Paço e a Alameda D. Afonso Henriques. Os equipamentos a colocar neste local são também responsabilidade da autarquia de Lisboa, liderada por Carlos Moedas. Ainda não se conhecem projectos nem custos.

Nos mesmos dias, de quarta a sexta-feira, decorre a Cidade da Alegria, que, segundo informação da Câmara de Lisboa, terá lugar nos jardins de Belém. É neste local que irá haver aquilo a que a Fundação JMJ baptizou de Parque do Perdão e que consiste numa série de confessionários (ao todo, 150) ao ar livre e com sacerdotes de várias nacionalidades.

Em termos de custos, ficou desde o início decidido que ao Governo central caberia as responsabilidades relacionadas com a deslocalização do Parque de Contentores na Bobadela para libertar a área do Parque Tejo, os planos de saúde, segurança e mobilidade, a organização da Cidade da Alegria, centros de apoio à imprensa e instalações sanitárias para o recinto principal. Às autarquias cabe a produção integral do Festival da Juventude (Terreiro do Paço, Alameda D. Afonso Henriques e Parque da Belavista), uma ponte pedonal no Trancão, a requalificação do Parque Tejo. Cabe à Fundação JMJ a alimentação e alojamento dos peregrinos.

Sugerir correcção
Ler 7 comentários