Tirar a política dos negócios

Na origem das recentes polémicas em Portugal, há um elemento em comum: o Estado.

Para acabar com a promiscuidade entre a política e os negócios, há que afastar a política dos negócios. É tão simples quanto isto. E isto implica afastar o Estado, que é o meio no qual navegam os políticos, do meio da economia. Significa libertar a economia da presença do Estado, simplificando os processos regulatórios sem deixar de exercer a regulação, deixando ao privado o que não requer o público. Isto dito, numa economia fortemente estatizada como a portuguesa, na qual uma maior intervenção estatal é a exigência imediata que a sociedade tende a impor para quase tudo, a indignação da opinião pública nas últimas semanas não deixou de constituir uma certa surpresa positiva. Situações de promiscuidade como aquelas que foram reportadas nas últimas semanas sempre existiram. Mas, desta feita, como poucas vezes antes, o coro de críticas não deixou ninguém indiferente. Nem mesmo a cúpula da classe política portuguesa.

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