Turismo em alta no Alto Tâmega e Barroso: “os últimos anos têm sido os melhores de sempre”

Os últimos anos têm sido “os melhores de sempre” para o turismo da região do Alto Tâmega, com 2022 a registar um “aumento assinalável” de visitantes.

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Chaves, um dos concelhos da região do Alto Tâmega e Barroso, registou "um crescimento muito assinalável" do turismo Nelson Garrido (arquivo)

O turismo está em alta na região do Alto Tâmega e Barroso. O ano de 2022 registou um “aumento assinalável” de visitantes, reforçando uma tendência que se tem verificado nos últimos anos, “os melhores de sempre no que diz respeito ao turismo” na região, destaca Ramiro Gonçalves, primeiro secretário executivo da Comunidade Intermunicipal que une este território do distrito de Vila Real.

Em destaque, o Museu das Termas Romanas, aberto no final de 2021 em Chaves e que levou, só no ano passado, 87.285 pessoas a conhecer o maior balneário termal romano da Península Ibérica.

Não faltam, no entanto, motivos de visita à região, como o parque aventura de Ribeira de Pena, o parque termal de Pedras Salgadas (em Vila Pouca de Aguiar), o Barroso Património Agrícola Mundial (Boticas e Montalegre), as praias fluviais de Valpaços ou o quilómetro zero da Estrada Nacional 2, em Chaves.

Para 2023, estão ainda previstas duas novas atracções que prometem levar mais visitantes ao Alto Tâmega: a piscina descoberta de água quente em Chaves, a primeira em Portugal Continental, e a pista de esqui inserida num parque de neve em Ribeira de Pena.

Mas, para já, celebra-se o balanço positivo de 2022. No posto de turismo municipal de Chaves, por exemplo, localizado junto aos paços do concelho, houve 19.798 interacções no ano passado, mais 15% do que em 2021. "Isto significa que há aqui um crescimento muito assinalável", destaca o autarca, apontando uma retoma acima de 2019 em alguns casos.

Já pelo posto de turismo da CIM do Alto Tâmega e Barroso, um projecto supramunicipal considerado "único no país" porque "vende todo o território", passaram 13.622 turistas em 2022, mais 12% do que no ano anterior. Maioritariamente portugueses, procuravam sobretudo produtos de turismo cultural, a Estrada Nacional 2 (EN2), termas e os caminhos de Santiago.

No entanto, o objectivo de aumentar a estadia média do turista para 2,2 noites (está entre 1,7 e 1,8) continua por cumprir. “É uma actividade que já representa mais de 50 milhões de euros para o território e, se isso acontecer, vamos poder multiplicar esse número”, aponta Ramiro Gonçalves. “É um objectivo importante, não é fácil de alcançar, mas com a promoção integrada dos seis municípios e o juntar de todos os seus activos pode ser concretizável.”

Outro dos objectivos para a região passa pelo combate à sazonalidade, para o qual tem contribuído a realização de eventos. “A sexta-feira 13, em Montalegre, tanto funciona estando a nevar como estando calor”, assinala o responsável. E a primeira do ano é já em Janeiro, com promessa de fogo-de-artifício, o centro da vila e o comércio local decorados a preceito, figurantes e a tradicional queimada, uma bebida feita à base de aguardente, limão, maçã, canela e açúcar.

Ramiro Gonçalves lembra ainda o plano estratégico definido para o turismo da região, que aposta na capacitação dos operadores, nomeadamente através da Escola de Hotelaria e Bem-Estar (Instituto Politécnico de Bragança) que abriu recentemente, na organização do produto turístico e na promoção contínua.

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