Aariz, o primeiro bebé do ano em Portugal, é filho de paquistaneses
Bebé nasceu no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra). Tanto o bebé como a mãe, natural do Paquistão e a viver em Portugal há três anos, se encontram bem.
Aariz, o primeiro bebé de 2023, nasceu apenas 44 segundos depois da meia-noite no Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra). Numa pequena nota divulgada nas redes sociais, o hospital diz que o bebé, filho de Naveera Butt, de 37 de anos, natural do Paquistão, nasceu com 3,660 quilos.
Tanto a mãe, que reside na Amadora há três anos e trabalha como doméstica, como o bebé "encontram-se bem". O pai, Kashiff Butt, é comerciante e esteve presente durante todo o trabalho de parto, que se iniciou pelas 20h.
"Foi com um choro vigoroso que o Aariz anunciou a sua chegada a este mundo. Passavam apenas 44 segundos depois da meia-noite deste dia 1 de Janeiro. Mais importante do que o título de 'bebé do ano' é a alegria que qualquer nascimento traz aos nossos profissionais de saúde e às respectivas famílias, que puderam desta forma especial celebrar a chegada do ano novo", lê-se no comunicado do hospital.
Dos bebés nascidos em 2021, 14% são de mãe estrangeira
A percentagem de bebés nascidos de mãe estrangeira nos hospitais do país tem vindo a aumentar.
Dos quase 80 mil bebés nascidos em 2021 em Portugal, mais de 10 mil, o equivalente a 14%, eram filhos de mães estrangeiras, segundo um levantamento divulgado em Dezembro de 2022 pela Pordata. “A proporção tem vindo a aumentar sucessivamente desde 2016, invertendo a tendência de decréscimo registada entre 2011 e 2015”, é referido no estudo publicado no Dia Internacional dos Migrantes.
Segundo o mesmo documento, a entrada de população estrangeira em Portugal tem contribuído para os números da natalidade no país. Depois de uma diminuição na última década, até um mínimo de 8,4% de nascimentos de mãe estrangeira em Portugal em 2015, essa percentagem tem vindo sempre a aumentar e, no ano passado, registou-se o nascimento de 10.808 crianças filhas de mãe não portuguesa residente no país, num universo de 79.582 nados-vivos.
Desde 2011 o país perdeu perto de 196 mil pessoas e 2019 e 2020 foram os únicos anos em que se registou um aumento da população face ao ano anterior: mais 19.300 em comparação a 2018 e mais 75.700 fazendo um paralelismo com 2019. “Este aumento da população ficou a dever-se, sobretudo, ao saldo migratório positivo”, é sublinhado no estudo, numa referência à diferença entre as pessoas que imigraram e às que saíram do país.
Em 2021, entraram em Portugal cerca de 51 mil imigrantes e saíram cerca de 25 mil emigrantes, traduzindo-se num saldo positivo para o país de 26 mil pessoas. A emigração é mais acentuada entre a população mais qualificada, tendo um terço das pessoas com mais de 15 anos que saem do país um curso superior e 29% o ensino secundário.
Em Dezembro, a Maternidade Alfredo da Costa (MAC) também divulgou que um em cada três bebés que nascem na maternidade é filho de mãe estrangeira, a maioria das quais de nacionalidade brasileira e nepalesa.
De acordo com os dados divulgados, no grupo das grávidas estrangeiras residentes em Portugal que dão à luz na MAC, a nacionalidade brasileira aparece em primeiro lugar (21,9%), seguindo-se a nepalesa (15,2%), a a bangladeshiana (11,6%) e a angolana (7,1%).
A MAC, que integra o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC), realizou ainda partos de mulheres com nacionalidade da Guiné-Bissau, de São Tomé e Príncipe, de Cabo Verde, da Índia e do Paquistão. Com Lusa