Pelé: Santos estuda hipótese de retirar camisola 10

Para já, a equipa brasileira não vai utilizar esse número mítico durante o mês de Janeiro, mas uma decisão definitiva terá de passar pelo Conselho Deliberativo.

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Reuters/AMANDA PEROBELLI

A partir da próxima semana, o Santos vai deixar a camisola 10 da sua principal equipa na gaveta. A intenção é homenagear Pelé, que morreu na quinta-feira, retirando de circulação o número que a lenda do clube envergou durante quase toda a carreira. Mas a direcção do emblema paulista pretende ir mais longe e tornar esta uma decisão definitiva.

Para já, é apenas certo que, durante o mês de Janeiro, nenhum jogador do Santos envergará a camisola 10. Para que esta prática se eternize, porém, é preciso o aval do Conselho Deliberativo, até porque o tema não é propriamente novo e nunca recolheu unanimidade entre os associados, como explicou o presidente Andrés Rueda em entrevista à rádio BandNews FM.

“Eu, particularmente, sempre fui favorável. Acho que é uma excelente homenagem. Agora, por que é que isso não foi colocado antes... A opinião dos sócios é meio dividida, tem uma parte que quer que a camisa seja aposentada e outra grande parte não quer, que [entende que] o facto de ela estar presente vai sempre trazer a lembrança de que Pelé está junto com a equipa”, adiantou o dirigente do Santos.

A esperança de Rueda é que a concordância da família de Pelé em relação a esta decisão ajude a convencer os mais cépticos, sendo que, insiste, há “trâmites burocráticos” a seguir — reunião do Conselho Deliberativo e a eventual aprovação.

Até lá, até que esse encontro tenha efectivamente lugar, o presidente do Santos pretende minimizar a questão, com uma decisão provisória. “Enquanto isso, por um acto administrativo, a gente não vai mais utilizar a camisa 10 a partir de Janeiro, esperando que vire uma decisão definitiva do nosso Conselho”.

No dia seguinte ao desaparecimento do “rei”, aos 82 anos e depois de vários dias de internamento, foram também reveladas as conclusões do atestado de óbito, segundo o qual Pelé morreu por insuficiência renal, insuficiência cardíaca, broncopneumonia e adenocarcinoma de cólon.

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