O que escreveram as mulheres portuguesas no século XX

Ciclo Mil e Uma Noites, projecto de longo prazo do UmColectivo, pretende roubar ao esquecimento nomes que desapareceram de circulação. A partir desta terça-feira no São Luiz, em Lisboa.

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Cátia Terrinca e Mariana Bragada ajoelhadas frente a frente como se estivessem num estúdio de rádio, lêem, cantam e musicam textos estelle valente

Antes de ser um projecto de fôlego dedicado ao apagamento das mulheres escritoras do século XX, Mil e Uma Noites foi uma estupefacção. Na altura em que o UmColectivo, estrutura dirigida por Cátia Terrinca e João P. Nunes, e sediada em Portalegre, recebeu um convite para trabalhar sobre a correspondência entre o lutador pela libertação e independência de Cabo Verde e Guiné-Bissau Amílcar Cabral e uma das primeiras agrónomas portuguesas com quem acabou por casar-se, Maria Helena Rodrigues, sobreveio o espanto, quando os materiais que sustentavam a correspondência se limitavam a um dos lados. “Aquilo que então me perturbou, de alguma forma”, lembra agora Cátia Terrinca ao PÚBLICO, “foi perceber que a mulher aparecia apenas citada pelo homem.”

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