Rui Moreira sobre estacionamento em segunda fila: “É absolutamente intolerável”

Autarca lamenta comportamento de condutores: “Temos um problema inultrapassável de falta de civismo.”

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Moreira queixa-se de falta de meios de fiscalização Paulo Pimenta

O presidente da Câmara do Porto admite que a cidade tem um problema grave de “estacionamento irregular em segunda fila”, considerando “absolutamente inaceitável” o comportamento de alguns condutores.

À autarquia chegam com frequência queixas de autocarros que vêem a faixa dedicada ao transporte público frequentemente ocupada de automóveis que “põem os quatro piscas ou estacionam” em zonas proibidas. “Temos um problema inultrapassável de falta de civismo”, lamentou Rui Moreira na reunião de câmara desta segunda-feira, a propósito de um ponto da agenda em que se votava um parecer para a equiparação de controladores de estacionamento da EPorto a agentes de autoridade administrativa.

Para o autarca, o problema tem que ver, também, com o “efectivo da Polícia Municipal reduzido a níveis históricos” e, por isso, sem capacidade para fazer fiscalização. “Temos pedido a substituição dos agentes reformados e não temos nenhuma garantia de que haja reposição desse contingente.”

Rui Moreira considerou que as multas de estacionamento “são anormalmente baixas” e isso potencia o estacionamento indevido. E "há baixa probabilidade de se ser multado porque não há polícias em número suficiente para isso”.

Numa reunião recente com a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Rui Moreira diz ter pedido uma revisão desta e de outras matérias ou que “sejam passadas competências nessa matéria para os municípios”.

O autarca disse ainda que algumas medidas, como o rebaixamento de passadeiras, têm potenciado o estacionamento indevido de veículos e, mais grave, o atropelamento.

“Hoje é relativamente fácil estacionar na maior parte dos sítios da cidade, mas as pessoas não estão para se deslocar 20 metros. Acham que podem parar à porta dos estabelecimentos, de casa.”

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