DGArtes: Resultados finais dos concursos das artes visuais sem alterações face a provisórios

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A galeria Sismógrafo, do Porto, é uma das entidades que terão apoio da DGArtes no quadriénio 2023/26 Anna Costa

A Direcção-Geral das Artes (DGArtes) confirmou que também na área das artes visuais o período de audiência de interessados não trouxe alterações à lista de entidades que vão receber financiamento ao abrigo do Programa de Apoio Sustentado 2023/26, nas modalidades quadrienal e bienal.

De acordo com a ordenação definitiva para esta área artística (vertentes de criação e de programação), serão apoiadas em regime quadrienal 13 candidaturas de 14 consideradas a concurso. Estava disponível para esta modalidade de apoio um montante global de 10,9 milhões de euros.

Na modalidade bienal, para a qual existia uma dotação de 1,5 milhões de euros, serão apoiadas apenas oito candidaturas, das 31 consideradas a concurso.

Na modalidade quadrienal, a entidade que teve melhor pontuação, e que receberá 1,2 milhões de euros, é a Trienal de Arquitectura de Lisboa; do mesmo montante disporão os Encontros de Fotografia de Coimbra. Segue-se, na ordenação do júri, a associação cultural Título Apelativo, também de Lisboa, que terá 480 mil euros para programar a galeria Kunsthalle Lissabon.

No mesmo patamar dos 480 mil euros estão a associação cultural Salto no Vazio, do Porto, responsável pela galeria Sismógrafo, a cooperativa Curtas-Metragens, de Vila do Conde, a associação cultural LAC – Laboratório de Actividades Criativas, sediada em Lagos, e a Cultivamos Cultura – Associação Cultural, de Odemira.

O dobro, ou seja 960 mil euros, é quanto terão a associação cultural Xerém, de Lisboa, as Oficinas do Convento, de Montemor-o-Novo, e a Plataforma de Fotografia Ci.CLO, do Porto

A Associação Maumaus – Centro de Contaminação Visual (Lisboa) conta 720 mil euros para o seu Programa Internacional de Residências; a Porta33 – Associação Quebra Costas, da Madeira, contará com o mesmo volume de apoio.

A entidade com o montante mais elevado de apoio é o Círculo de Artes Plásticas da Academia de Coimbra, que terá 1,6 milhões de euros para programação e criação.

Na modalidade bienal, as oito candidaturas que mereceram apoio financeiro são a Associação Pó de Vir a Ser, de Évora (120 mil euros), a produtora portuense Ideias Emergentes (240 mil euros), a Fundação Bienal de Arte de Cerveira (240 mil euros), a associação P28, de Lisboa (480 mil euros), o grupo artístico de Lisboa CADA (120 mil euros), a associação Encontros da Imagem de Braga (120 mil euros), a associação cultural Emerge, de Torres Vedras (120 mil euros), e a associação sócio-cultural Tertúlia de Aljezur (120 mil euros).

De fora ficaram, por escassez de verba, entidades como a Appleton, de Lisboa, a AiR 351, de Cascais, e a Córtex Frontal, de Arraiolos.

Quando abriram as candidaturas, em Maio, os seis concursos do Programa de Apoio Sustentado tinham alocado um montante global de 81,3 milhões de euros. Em Setembro, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, anunciou que esse valor aumentaria para 148 milhões de euros. No entanto, esse reforço abrangeu apenas a modalidade quadrienal dos concursos, decisão que motivou, antes e depois da publicação dos resultados dos concursos, inúmeros protestos e apelos do sector.

A DGArtes divulgou em Novembro os resultados provisórios dos seis concursos de apoio sustentado às artes, nas modalidades bienal (2023-2024) e quadrienal (2023-2026). Também os resultados nas áreas da dança e da música e ópera são já definitivos.

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