Brasil procura apuramento ao segundo jogo

Neymar é ausência certa na selecção brasileira.

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Tite, seleccionador do Brasil EPA/MARTIN DIVISEK

A segunda jornada dos Grupos G e H (onde está Portugal) mostra-se determinante para Gana, Camarões e Sérvia, derrotados no jogo de estreia. Mas muitas das interrogações estão centradas no segundo encontro do Brasil, que irá actuar desta vez sem a estrela Neymar, lesionado e em dúvida para o resto do Mundial 2022.

Coreia do Sul-Gana

Na jornada inaugural do Grupo H, o Gana perdeu com Portugal (2-3) e os coreanos empataram a zero com o Uruguai – um dos quatro nulos registados na primeira jornada deste Mundial 2022. As duas selecções vão defrontar-se pela 10.ª vez e primeira desde 2014, tendo cada uma ganho três vezes nos últimos seis duelos.

Os comandados por Paulo Bento chegam a esta segunda jornada com somente uma derrota nos últimos 10 encontros realizados em todas as competições. E em três dos últimos quatro embates consecutivos em que não perderam, não sofreram qualquer golo, o que coloca a sua capacidade defensiva na coluna dos pontos fortes.

Entre os pontos fracos dos “tigres da Ásia” está a falta de pontaria da linha avançada; frente ao Uruguai, não acertaram uma única vez na baliza.

O regresso de Son Heung-min foi uma boa notícia para os adeptos e para Paulo Bento, que deverá ter de fazer alterações na defesa, devido à lesão de Kim Min-jae.

Do lado do Gana, Otto Addo mantém a fé na mais jovem selecção deste Mundial 2022 (média de 25 anos e 108 dias), após ser chamado para treinador no seguimento da eliminação precoce na CAN, em Janeiro.

Pouco convencido da superioridade de Portugal no jogo inaugural, o antigo internacional vai manter a aposta em André Ayew – que juntamente com o seu irmão, Jordan, são os únicos que já estiveram num Mundial, em 2014 – e Osman Bukhari, autores dos golos nesse jogo.

O Gana tenta redimir-se dos resultados decepcionantes registados após terem sido quarto-finalistas em 2010: quatro anos depois, foram eliminados na fase de grupos e, em 2018, falharam a qualificação para a Rússia.

Brasil-Suíça

Tanto o Brasil como a Suíça gostariam de obter uma segunda vitória no Grupo G e assegurar a passagem aos oitavos-de-final do Mundial 2022. E tal como na primeira jornada, são os brasileiros os principais candidatos a consegui-lo, apesar da desilusão da ausência de Neymar, seriamente lesionado num tornozelo, durante a vitória (2-0) sobre a Sérvia. O sucesso do Brasil na quinta-feira elevou para oito o número de vitórias consecutivas; ou seja, desde 10 de Julho de 2021, quando perderam na final da Copa América com a Argentina.

Richarlison esteve em grande destaque ao apontar os dois golos do Brasil frente à Sérvia, mas toda a equipa mostrou enorme qualidade ofensiva, traduzida nos 24 remates à baliza sérvia, dos quais oito na direcção da baliza. O avançado do Tottenham será novamente a referência no ataque da “canarinha” e deverá ter a companhia de Antony, que substituiu Neymar ao minuto 80.

O treinador Tite reconheceu que deveria ter retirado Neymar mais cedo, mas não se apercebeu da gravidade da lesão, contraída antes de participar na jogada do primeiro golo. Outro ausente é Danilo, também tocado num tornozelo, o que poderá abrir a porta ao veterano Dani Alves, de 39 anos, cujo último Mundial que disputou foi em 2014.

A renovada selecção da Suíça iniciou bem o Mundial ao vencer os Camarões, pela margem mínima e sem sofrer golos. Murat Yakin trouxe uma nova defesa de quatro elementos – ao contrário dos cinco anteriores – com Nico Elvedi e Manuel Akanji no centro. Na frente deverá manter-se Breel Embolo, autor do golo que não comemorou pois nasceu nos Camarões.

Camarões-Sérvia

O treinador camaronês Rigobert Song está bastante convicto de que se irá ver o melhor lado da selecção africana frente à Sérvia, num embate entre duas equipas que precisam de pontuar e evitar uma segunda derrota que as eliminaria do Mundial 2022. Até porque, esta é, em teoria, a melhor oportunidade para somar pontos para passar à segunda fase, já que na terceira jornada defrontam o Brasil. Mas os problemas já vêm de trás: nos últimos seis jogos, só ganharam um – diante do modesto Burundi.

Os camaroneses conseguiram trazer alguns aspectos positivos da derrota frente à Suíça e deverão manter o trio atacante formado pelos perigosos Eric Maxim Choupo-Moting (Bayern Munique), Bryan Mbeumo (Brentford) e Karl Toko Ekambi (Lyon).

A Sérvia é a selecção europeia com mais derrotas em Mundiais, oito em 10 encontros, mas a boa campanha de qualificação que lhes permitiu terminar o seu grupo no topo, e a promoção à Liga A da Liga das Nações deu-lhes bastante confiança. O desempenho diante do Brasil ficou, contudo, aquém do esperado – zero remates na baliza brasileira.

Para o ataque, Filip Kostic ainda está em dúvida e o seu colega da Juventus, Dusan Vlahovic, que entrou ao minuto 66 frente ao Brasil, poderá já estar em condições de integrar o “onze”.

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