Nan Goldin: “Sempre quis ser cineasta. Sempre gostei mais do cinema do que da fotografia”

Uma das mais amadas artistas vivas e referência para as gerações que se lhe seguiram encontra hoje na remontagem das suas fotografias a sua forma de lidar com a perene evidência da perda.

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BERLIN - OCTOBER 09: American photographer Nan Goldin speaks to journalists at the "Poste Restante" exhibition of her work at the C/O Gallery on October 9, 2009 in Berlin, Germany. The exhibition will be open to the public from October 10 until December 6, 2009. (Photo by Sean Gallup/Getty Images) Sean Gallup/Getty Images

“Honra”. Talvez não tenha sido a primeira palavra de que o público presente na primeira exposição realizada por Nan Goldin, em 1973, em Boston, se lembrou perante as fotografias de exultantes drag queens. E seria certamente a última na cabeça da sociedade americana conservadora de então, na ressaca do movimento hippie e pronta a reorganizar os códigos tradicionais que haviam sido perigosamente sacudidos. “Honra” era a dos grandes heróis americanos, a começar em John Wayne e a acabar nos regressados do Vietname, os reais e os que Hollywood glorificou até à ameaçadora aterragem dos movie brats nos anos 1970. E, porém, é essa palavra, “Honra”, Honoris mais exactamente, que, quase 50 anos volvidos, acompanha a vinda da fotógrafa norte-americana (n. 1953, filha de pais judeus de classe média) para a 12.ª edição do Multiplex, iniciativa da Universidade Lusófona do Porto (ULP).

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