Cormac McCarthy: uma alucinação em dois actos

Quebrou-se um silêncio de 16 anos. Cormac McCarthy está de volta comO Passageiro e Stella Maris. Estamos diante de um dos acontecimentos literários do ano, uma alucinação em dois actos.

Foto
Beowulf Sheehan

Numa das raras entrevistas dadas por Cormac McCarthy perguntaram-lhe se ele conseguia explicar como potenciar uma ideia durante o acto de escrita, já que ele sempre descreveu esse acto como inconsciente. McCarthy respondeu: “É como o jazz. Eles criam enquanto tocam, e talvez só aqueles que o sabem fazer possam compreender isso.” Esse sentido de improviso, de qualquer coisa selvagem que se vai formando e da qual tentamos apanhar o sentido que parece quase sempre escapar, talvez nunca tenha sido tão evidente num livro de Cormac McCarthy como neste O Passageiro, romance publicado pouco depois de o escritor completar 89 anos.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar