CGD completa mudança de sede em três ou quatro anos

Paulo Macedo anunciou também que ainda não estão escolhidas as insatalações que irão acolher o banco público.

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Paulo Macelo lidera a administração do banco público Rui Soares

O CEO da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo, disse esta quinta-feira que o processo de transição da sede do banco demorará cerca de três a quatro anos, numa altura em que as futuras instalações ainda não estão escolhidas.

A indicação foi transmitida durante uma intervenção na conferência Money Conference, a decorrer esta quinta-feira em Lisboa, quando questionado sobre quando é que a CGD deixará por completo o edifício sede. “É um processo que será gradual e que demorará três, quatro anos”, disse Paulo Macedo, na conferência organizada pelo Dinheiro Vivo.

O banqueiro recordou que existe a intenção do Governo de mudar alguns ministérios para o edifício-sede da CGD. “Ficamos satisfeitos, porque o edifício não é para os serviços centrais de um banco. Faz todo o sentido que possa ser para um governo e algumas agências”, sublinhou.

Paulo Macedo vincou que “a preocupação” da instituição “é arrumar o que será o futuro da Caixa na parte das instalações em termos de libertar este edifício que é desajustado para o banco”, sublinhando que “ainda não estão escolhidas” as futuras instalações.

A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, disse na semana passada que o processo de mudança de alguns ministérios para o edifício-sede da CGD, em Lisboa, vai arrancar no primeiro trimestre de 2023, e não ainda em 2022 como era inicialmente pretendido, e será um processo gradual ao longo da legislatura.

O PÚBLICO noticiou em Março passado que, numa primeira fase, são pelo menos cinco os ministérios que deverão ser transferidos para o edifício-sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD): os gabinetes dos ministros e secretários de Estado dos ministérios da Presidência, das Infra-estruturas e da Habitação, da Economia e do Mar, do Ambiente e Acção Climática, e da Coesão Territorial.

Segundo a ministra, o objectivo é “ganhar em trabalho transversal, partilha de competências e de conhecimento e diminuição de alguns custos com a duplicação de estruturas”.

Mariana Vieira da Silva indicou que “nem todas as áreas governativas irão para esse novo edifício” e referiu que assim que houver “um calendário mais rigoroso” sobre este processo, o Governo fará uma apresentação, na medida em que a matéria “exige um escrutínio e debate público alargado”.

Em Maio, o presidente da CGD, Paulo Macedo, indicou ter 3200 metros quadrados cedidos a serviços do Governo, avançando que podia ceder até 30 mil metros quadrados até 2023.

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