A sociedade do tabu da finitude

Há mais de 20 anos que doei o meu cadáver a um hospital e a uma faculdade. Não se trata de um desejo tétrico de continuar a atazanar a vida de estudantes mesmo depois de morto.

Como seres que aspiram ao infinito, a morte é, naturalmente, a finitude mais inesperada de entre as coisas mais certas que conhecemos desde que temos consciência. No dia em que os católicos honram todos os santos e mártires, a História foi-nos ensinando que, sobretudo por motivos práticos, o dia dos fiéis defuntos (2 de Novembro) é habitualmente celebrado naquele que, entre nós, é feriado nacional. Na infinita sabedoria do cidadão comum, a junção entre as duas comemorações é prenhe de sentido.

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