FC Porto deu a desforra ao Brugge. Agora, resta esperar

Depois do 4-0 sofrido no Dragão frente ao Brugge, o FC Porto devolveu o resultado na Bélgica. Agora, precisa que o Atlético de Madrid tropece às 20h para chegar aos oitavos-de-final da Champions.

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Jogadores do FC Porto celebram em Brugge EPA/STEPHANIE LECOCQ

Vitória do FC Porto e empate ou derrota do Atlético de Madrid. Se as duas premissas se verificarem, os “dragões” vão estar nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões.

À hora que se escreve este texto, metade do labor está feito, com o triunfo português por 4-0 em casa do Club Brugge, nesta quarta-feira, em jogo do grupo B. Por volta das 21h45 saberemos o que vai acontecer, conforme o resultado do Atlético de Madrid na recepção ao Leverkusen.

Em Brugge, o FC Porto venceu de forma clara, com um modelo de jogo que “abafou” os belgas desde cedo – e se o triunfo só ficou fechado na segunda parte deve-se exclusivamente à falta de engenho portista na finalização de várias oportunidades de golo na primeira meia hora.

Segundas bolas

O FC Porto entrou para esta partida com um plano de jogo totalmente diferente do que levou na recepção ao Brugge no Dragão.

Sabendo do perfil dos três médios adversários, que muito condicionaram o losango portista, Sérgio Conceição não só não apresentou esse sistema táctico como o plano de jogo passou por saltar etapas na construção, fugindo à habitualmente bem feita pressão dos belgas.

Contando com a saída curta do FC Porto, o Brugge voltou a ter os médios muito predispostos a apertarem a construção portista praticamente homem a homem, mas o FC Porto levou o jogo para o plano do futebol mais directo.

Umas vezes fê-lo ao solicitar arrancadas de Galeno – depois de Taremi colaborar ao deixar o lateral adversário “preso” sem poder sair ao ala brasileiro –, noutras optou pela via do futebol aéreo, sobretudo pedido a Otávio, Eustáquio e Uribe muita predisposição para as segundas bolas.

A via repetiu-se vezes sem conta, com os duelos de Taremi e Evanilson a serem depois ganhos por um dos médios portistas – o 9-15 em duelos aéreos ofensivos na primeira parte atestava isto mesmo.

Com os médios do Brugge muito adiantados, a capacidade de o FC Porto ganhar essas segundas bolas deu sempre muito espaço entre as linhas belgas. Aí, entrava ao serviço a qualidade técnica de Otávio, que abandonou quase sempre o corredor direito para poder ver o jogo de frente, na zona central – também isso pode ter surpreendido os belgas.

O FC Porto esteve perto do golo aos 7’ (falhou Eustáquio após passe de Otávio), aos 15’ (falhou Uribe após um canto) e aos 16’ (falhou Taremi isolado). Aos 33’, os médios portistas deram sentido ao que já tinham feito várias vezes, ganhando a bola em zonas adiantadas. Isso permitiu a Otávio voltar a isolar Taremi, que dessa vez não falhou.

Diogo Costa decisivo

Depois, o FC Porto teve dez minutos de montanha russa emocional. Aos 51’, David Carmo cometeu falta dentro da área com a bola a ser jogada noutro local do terreno de jogo. Pânico portista.

Houve penálti, Diogo Costa defendeu. Alívio portista. Depois, o árbitro mandou repetir. Pânico portista. Houve novo penálti e Diogo Costa… defendeu novamente. Alívio portista. E novo alívio logo a seguir, num lance no qual Galeno lutou por uma bola no corredor e conseguiu colocá-la na área. A jogada ficou confusa e foi novamente uma segunda bola, e outra vez pelo ar, que acabou por isolar Evanilson, que finalizou.

E aos 60’ tudo ficou fechado, com mais uma arrancada de Galeno a dar cruzamento para Taremi. Sempre lúcido, o iraniano recebeu de costas para a baliza e serviu Eustáquio, que finalizou.

O FC Porto selou a desforra aos 70’, novamente com desequilíbrio de Galeno. O brasileiro assistiu Otávio, que fez um passe atrasado para a finalização de Taremi grande jogada do ataque portista.

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