Fotografias premiadas de Mário Cruz sobre a vida num rio de lixo expostas em Almada

Mostra aberta ao público a partir deste domingo, de 16 de Outubro, até 30 de Dezembro no antigo edifício da União Eléctrica Portuguesa, em Almada.

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Dois homens junto ao rio Pasig Mário Cruz
Uma criança deitada num colchão com o lixo ao redor
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Uma criança deitada num colchão com o lixo ao redor, em Manila Mário Cruz
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O quotidiano de habitantes em Manila Mário Cruz
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Uma criança em Manila Mário Cruz
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O quotidiano de habitantes em Manila Mário Cruz
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Pessoas a apanharem objectos no meio do lixo, em Manila Mário Cruz

As fotografias premiadas do fotojornalista Mário Cruz vão estar mais uma vez expostas ao público a partir de domingo, agora em Almada, na mostra Living Among What's Left Behind (Viver Entre o que é Deixado Para Trás). A exposição, que é inaugurada sábado ao fim da tarde e abre ao público a partir de domingo, revela o quotidiano envolto em lixo dos habitantes de Manila, capital das Filipinas, que vivem junto do rio Pasig, conhecido pelos seus altos níveis de poluição.

Mário Cruz (1987), que esteve naquela cidade em Outubro de 2018, entrou nas casas das pessoas e ficou a conhecer o seu dia-a-dia, directamente relacionado com o lixo existente no rio. Para muitas famílias, procurar objectos no lixo passou a ser uma fonte económica.

“Em Portugal, procuramos o rio para nos tranquilizar. Nas Filipinas é o oposto. Quando vamos até ao rio Pasig não encontramos tranquilidade. Não vemos água, vemos lixo”, disse o fotojornalista ao PÚBLICO em 2021, quando as suas fotografias foram expostas no Museu de Lamas, em Santa Maria da Feira.

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O fotojornalista Mário Cruz Luís Filipe Catarino

O trabalho acabou por vencer o terceiro lugar na categoria de Ambiente dos prémios da World Press Photo em 2019. Depois de já terem sido expostas também em Algés, concelho de Oeiras, e internacionalmente em cidades como Roma e Bruxelas, as fotografias estarão agora no antigo edifício da União Eléctrica Portuguesa (Edifício EDP), na rua Bernardo Francisco da Costa, em Almada, até 30 de Dezembro.

A exposição “retrata a sobrevivência humana num cenário de catástrofe ambiental, onde a poluição extrema faz parte do dia-a-dia da comunidade filipina que vive junto ao rio Pasig”, adianta o comunicado da Câmara Municipal de Almada.

Quem visitar a mostra terá também oportunidade de conhecer o edifício histórico, projectado pelo arquitecto Francisco Keil do Amaral, que tem estado fechado, e irá, depois da exposição, entrar num processo de reabilitação.

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Entrada para a exposição em Almada Luís Filipe Catarino
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