Anacronismos
Esta semana comprei uma pilha de panfletos entre a década de 80 do século XIX e a década de 30 do século XX.
Vivo, talvez de mais, entre coisas antigas. Se fosse só isso seria uma experiência antiquária ou uma curiosidade erudita que não faria mal a ninguém, a não ser a mim próprio. Mas a questão é um pouco mais complicada, porque não é apenas uma vida no passado. Na verdade, é mais do que isso: é que acho cada vez mais interessantes esses papéis cheios de saberes, palavras, personagem mortas, por comparação com o cafarnaum da actualidade, pessoas, políticas, textos, “produtos culturais”, que enchem os jornais, tanto no seu corpo como nos suplementos culturais, já para não falar na cloaca das redes sociais.
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