Fim da aliança entre ERC e Junts encerra ciclo político na Catalunha e na sua relação com Espanha

Dez anos depois da união catalã em torno da ambição independentista, o corte entre os dois partidos soberanistas põe em causa a governabilidade da Catalunha. No poder ficam os actuais moderados, o que pode facilitar o diálogo com Madrid.

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Aragonès e o seu governo, num raro momento de unidade, para condenar a detenção de Puigdemont na Sardenha, há um ano ALBERT GEA/Reuters

O divórcio anunciado aconteceu. É “uma nova etapa”, afirmou o presidente do governo catalão, Pere Aragonès, ao início da madrugada. Falar em “etapa” é pouco. O fim da aliança entre Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) e Juntos pela Catalunha (Junts) acabava de ser consumado com a votação dos militantes deste último, que aprovaram (55,7%) a saída do governo de coligação presidido por Aragonès. E assim se encerrava um ciclo político iniciado em Setembro de 2012, na Diada que uniu as duas sensibilidades soberanistas no objectivo de criar um novo país.

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