Já não é a primeira vez e, provavelmente, não será a última. Cada vez que há um lugar de treinador vago na Premier League inglesa, o nome de Rúben Amorim aparece referenciado pela imprensa britânica como uma opção no topo da lista para o ocupar. Já aconteceu com o Manchester United e com o Chelsea, e agora com o Wolverhampton Wanderers, que despediu Bruno Lage. E Amorim aparece como uma das opções, mas, confrontado com estas notícias, o técnico do Sporting não se desviou da resposta que deu em ocasiões anteriores.

“Wolverhampton? É a mesma resposta. Estou no Sporting, sou muito feliz aqui e não há nada mais a dizer sobre isto”, limitou a dizer o técnico “leonino” na conferência de imprensa de antecipação do confronto desta terça-feira com o Marselha, a contar para a terceira jornada do Grupo D da Liga dos Campeões.

O Sporting chega a esta terceira jornada como líder do agrupamento, com duas vitórias, e Amorim quer que continue assim num jogo que se irá disputar à porta fechada no Vélodrome. “O empate não é um bom resultado. Somos uma equipa grande em Portugal, estamos a crescer e queremos vencer. Não sabemos qual é o jogo que vai fazer a diferença, mas sabemos que ganhar os jogos na Champions ajuda-nos a recuperar a nossa capacidade no campeonato. Com o decorrer do jogo, veremos se um ponto é bom ou mau, mas a ideia é sempre vencer”, assinalou o técnico “leonino”.

Ao contrário do Sporting, que fez o pleno de pontos nas duas jornadas da Champions, mas tem perdido muitos no campeonato, o Marselha ainda não tem qualquer ponto na liga milionária, mas segue invicto na Ligue 1 e bem perto do topo. Amorim considera, ainda assim, que há muitas parecenças entre as duas equipas: “Há uma grande parecença, o Marselha fez dois bons jogos na Champions - com o Tottenham, se não fosse a expulsão, estava complicado. Também não merecíamos perder no campeonato. Essa é a grande parecença das equipas, jogam bem, com a sua identidade. Nós jogamos sempre da mesma maneira, temos sempre de ganhar. É uma gestão fácil, é sempre jogo a jogo.”

E como olha Amorim para as semelhanças de sistema de jogo entre Sporting e Marselha? “Jogamos praticamente no mesmo sistema, mas de formas diferentes. Talvez o facto de os laterais estarem muito projectados seja uma diferença. Jogar com o Guendouzi ou com o Payet pode ser completamente diferente. Nós temos jogado com extremos com os pés trocados, por isso há sempre essas diferenças. Temos de nos focar muito naquilo que fazemos. Vai ser uma luta de ideias e as individualidades vão fazer a diferença. Confio muito no Pote e nos seus colegas para fazer a diferença para o nosso lado.”

Sem revelar qual será a sua opção para o ataque, se Paulinho ou Edwards, Amorim deixou largos elogios ao treinador marselhês, o croata Igor Tudor: “A grande diferença é que foi um grande jogador de futebol. Foi adjunto de Pirlo na Juventus e agora está a fazer um grande trabalho. É a equipa mais pressionante da Liga francesa, fomos recolher esses dados e é importante para nós. A meu ver, será um grande treinador, mas espero que perca amanhã.”

Amorim falou ainda sobre a importância do ranking da UEFA numa semana em que haverá dois confrontos entre equipas portuguesas e francesas - além do Marselha-Sporting, haverá um Benfica-PSG. “Nós em Portugal pensamos muito no ranking, mas pensamos porque precisamos de ter mais clubes nas competições europeias e do dinheiro, pois não temos a capacidade financeira que os clubes franceses têm. Olhamos muito para o ranking, mas de forma diferente”, frisou.