Entre os jovens problemáticos, os militares vão estendendo a sua disciplina e influência

A instalação de escolas cívico-militares no Brasil foi um dos projectos mais emblemáticos do Governo de Bolsonaro. Num bairro pobre e violento de Taubaté, todos concordam que a experiência é boa. Para os jovens, um futuro nas Forças Armadas aparece como uma salvação.

Foto
Marcha militar no Rio de Janeiro durante o bicentenário da independência do Brasil Mario Tama/Getty Images

“Apresentar!” “Descansar!” “Mochilas no lado direito!” “Sem conversa!”. As ordens ecoam no pátio coberto, enquanto crianças e adolescentes fardados obedecem mecanicamente, embora com algumas pausas para risos. Preparam-se para uma cerimónia repetida todas as quartas-feiras, que culmina com o hino nacional brasileiro. Nesse momento, os alunos da Escola Cívico-Militar Professor Lafayette Rodrigues Pereira, em Taubaté, a 150 quilómetros de São Paulo, adoptam uma atitude compenetrada. Cantam a letra do hino enquanto encaram de forma grave a bandeira do Brasil.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 24 comentários