De que falamos quando falamos?

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JORGE GONÇALVES
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Ao princípio tudo parece simples. Hirst encontrou Spooner num bar e movido a copos e conversa de bêbados levou-o até casa para mais conversa e principalmente mais copos. O primeiro é um escritor abastado, bem vestido, com uma ponta de arrogância que vem da sua classe social; o outro é um tipo fanado, tímido, o rosto tão amarrotado pela vida como a gabardina manchada de nódoas. Falam um com o outro, mas na realidade falam de si. Como, mais tarde, parecendo que falam dos outros, é de si que falam Briggs e Foster, empregado e secretário que aparentemente se consideram parte de uma família e vêem no convidado um intruso. Ao princípio parece tudo simples, mas, claro, não passa de um elaborado quebra-cabeças a que parece sempre faltar uma peça ou outra. Um cínico jogo de poder está apenas no seu início.

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