Canção após canção, um coro gigantesco a erguer-se com os Arcade Fire

Duas horas de concerto, duas horas de coros entoados com o público. A inocência e genuinidade já não é, não podia ser a mesma, mas a banda continua habilíssima a gerir as emoções e a dinâmica de um concerto. No fim, os Arcade Fire saíram em romaria pela plateia, a tocar até à rua. Da polémica que ensombrou a digressão, nenhum sinal.

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Os Arcade Fire saíram em romaria pela plateia, a tocar até à rua Miguel Manso

De certa forma, sem o sabermos, tivemos perante nós os alicerces do concerto mesmo antes do seu começo. Quinta-feira, no primeiro dos dois concertos dos Arcade Fire no Campo Pequeno, em Lisboa (o segundo acontece esta sexta-feira), vimos primeiro os haitianos Boukman Eksperyans encerrarem a sua actuação com um tema a capella, as vozes a ganharem força nas palavras do espiritual cantado. Depois, um DJ set bombástico, com o seu protagonista a fazer por agitar as massas que quase lotaram o Campo Pequeno de maracas nas mãos, tudo convenientemente observado pela bola de espelhos gigante pendendo do tecto. Por fim, um concerto protagonizado pela pianola no pequeno palco instalado a meio da plateia – blues, jazz dos anos 1930, La vie on rose, tudo isso tocou o “pianista” fantasma.

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