Governo vai assinar contratos para o financiamento de 257 autocarros eléctricos

Anúncio foi feito pelo ministro do Ambiente e da Acção Climática. Duarte Cordeiro disse que o financiamento destes autocarros corresponde a um apoio de 48 milhões de euros provenientes do PRR.

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Duarte Cordeiro, esta quarta-feira, na audição conjunta das comissões parlamentares de Assuntos Europeus e de Ambiente e Energia ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Esta quinta-feira, o Governo assinará contratos relacionados com o financiamento de 257 autocarros eléctricos e a hidrogénio para as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. A revelação foi feita, esta quarta-feira, pelo ministro do Ambiente e da Acção Climática, que falou numa audição conjunta das comissões parlamentares de Assuntos Europeus e de Ambiente e Energia.

Duarte Cordeiro assinalou que os novos autocarros, cujo financiamento corresponde a um apoio de 48 milhões de euros provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), vão juntar-se aos 893 previamente financiados através do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).

Em pouco mais de cinco anos, renovámos as frotas rodoviárias de transportes colectivos com mais de 1100 autocarros de elevada performance ambiental, disse o ministro, referindo que, neste momento, estão em curso ou comprometidos 3,5 mil milhões de euros para a área da mobilidade”.

“Destes, os mais expressivos respeitam à expansão das redes, que atingem 1,7 mil milhões de euros”, comentou Duarte Cordeiro, que disse ainda que 1,2 mil milhões de euros foram comprometidos com os “apoios tarifários​”​ — tanto por via do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART)​, que visa atrair passageiros para os transportes públicos, como por via dos ​“apoios extraordinários às operações de transportes durante a pandemia” de covid-19.

“Sem este grande esforço de financiamento, não teríamos assegurado a disponibilidade de transportes durante este período difícil e não teríamos baixado o preço dos passes mensais para 40 euros nas áreas metropolitanas”, defendeu.

O ministro do Ambiente e da Acção Climática referiu também que vão ser alocados “mais 871 milhões a investimentos na mobilidade, essenciais para assegurar os projectos previstos” para as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto. Duarte Cordeiro lembrou que “está em curso a expansão das redes de metro de Lisboa e do Porto, bem como a modernização da rede e a aquisição de material circulante”.

“Desde 2015 até ao final desta década, consagraremos 4,3 mil milhões de euros para a mobilidade — quase 2% do PIB nacional. É um valor significativo que queria assinalar num dia em que se celebra a mobilidade”, sublinhou o ministro, referenciando o facto de esta ser a Semana Europeia da Mobilidade (16 a 22 de Setembro).

Dizendo na sua intervenção que os transportes são responsáveis por “cerca de um quarto das emissões de gases com efeito de estufa e 74% do consumo de petróleo no nosso país”, Duarte Cordeiro afirmou que o Governo está “empenhado em continuar a mudança do paradigma da mobilidade”, de forma a Portugal conseguir atingir as metas ambientais nacionais e europeias.

O ministro apontou que a Estratégia Nacional para a Mobilidade Activa Pedonal, um documento que originalmente deveria ter sido aprovado até final de 2020, será apresentada em breve. O objectivo é que, até 2030, haja “um aumento de 35% na quota modal das deslocações pedonais”.

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