Athena é fogo de vista
Uma história das cités francesas filmada como se fosse um teledisco virtuoso com câmaras a rodopiar, que se reivindica tragédia mas não sabe como lá chegar. Athena, de Romain Gavras, na Netflix.
Ainda ecoa a estreia do filme de Romain Gavras no Festival de Veneza no princípio deste mês, e já o podemos ver na Netflix, que o financiou e está a distribuir internacionalmente na sua plataforma. Mas é mais do que evidente, desde a primeira imagem do filme, que Athena é fita feita a pensar no espectáculo do ecrã grande, devido à sua dimensão deliberadamente imersiva, ao virtuosismo giratório dos seus longos planos-sequência com steadycams e drones, à música coral que sublinha permanentemente a tragédia que se desenrola diante dos nossos olhos.
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