CCB celebra 30 anos com muita ópera

São mais de 125 actividades culturais que o CCB apresentará durante a próxima temporada, entre as quais 75 são espectáculos.

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Delfim Sardo, administrador com o pelouro da programação, durante a apresentação no CCB

Foi à nova administradora do Centro Cultural de Belém (CCB), Madalena Reis, que veio substituir Isabel Cordeiro, actualmente secretária de Estado da Cultura, que coube anunciar os novos descontos com que o CCB pretende recuperar algum público que desapareceu durante a pandemia.

Para as 126 actividades culturais que o CCB apresentará durante a próxima temporada, entre as quais 75 são espectáculos, há novos descontos para aqueles que acompanham pessoas com deficiências (50%) e aumenta de 20 para 30% os descontos para jovens até aos 30 anos.

O presidente do CCB, Elísio Summavielle, contabilizou uma perda entre os 30 e os 40%. “A retoma ainda é tímida. A pandemia produziu efeitos e sente-se a nível global alguma perda da afluência de público aos espectáculos.”

O administrador com o pelouro da programação, Delfim Sardo, sublinhou que a programação revela “uma tónica importante na ópera”, com seis produções. Destaque para uma produção de Pelléas et Mélisande, de Debussy, o espectáculo inaugural desta temporada agendado para os dias 7 e 9 de Outubro, numa encenação de Kristiina Helin e com a Orquestra XXI a ser dirigida por Dinis Sousa. Em 2023, quando o CCB celebra 30 anos, as comemorações começam com a estreia a 27 de Janeiro de uma ópera encomendada a Nuno da Rocha: Paraíso conta com a encenação do coreógrafo Marcos Morau, fundador da companhia de dança catalã La Veronal. Destaque ainda para a apresentação de O Navio Fantasma, de Wagner, numa colaboração com o Teatro Nacional São Carlos. É uma nova produção assinada por Max Hoehn, com direcção de Graeme Jenkins, que sobe ao palco a 24 e 26 de Abril.

André Cunha Leal, o programador da equipa do CCB responsável pela música erudita, diz que há um “crescimento substancial” na aposta na ópera, o que faz todo o sentido, uma vez que o Grande Auditório alberga “o único palco verdadeiramente contemporâneo de ópera em Portugal”.

Esta temporada o CCB dá “carta branca” ao maestro e percussionista Pedro Carneiro, que vai conceber de raiz quatro novos concertos. Na dança, regresso do coreógrafo inglês Akram Khan com a nova produção Jungle Book Reimagined (Fevereiro) e para a estreia em Lisboa da companhia israelita de Sharon Eyal e Gai Behar (Novembro).

A programação pode ser consultada no site do CCB.

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