Ai Weiwei e Wim Wenders distinguidos com o Praemium Imperiale do Japão

O artista dissidente chinês e o cineasta alemão estão entre os vencedores da 33.ª edição deste que é considerado como o “Nobel” das artes.

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Ai Weiwei Daniel Rocha

O realizador de cinema alemão Wim Wenders, o artista dissidente chinês Ai Weiwei, o pintor italiano Giulio Paolino, o pianista polaco Krystian Zimerman e o atelier de arquitectura japonês SANAA, de Kazuyo Seijima e Ryue Nishizawa, foram os distinguidos este ano na 33.ª edição dos Praemium Imperiale, soube-se esta quinta-feira.

Os prémios são uma iniciativa da Japan Art Association, em conjunto com família imperial japonesa, incluindo as categorias de pintura, escultura, arquitectura, música e teatro ou filme, com cada vencedor a receber cerca de 105 mil euros.

O artista chinês Ai Weiwei tem sido presença regular em Portugal nos últimos anos, tendo exposto em Serralves, no Porto, e na Cardoaria Nacional, em Lisboa. De entre os premiados, quem tem também tido uma relação próxima com Portugal é Wim Wenders, realizador de filmes como Paris, Texas ou As Asas do Desejo, e que já foi distinguido no nosso país com o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva e a Ordem de Mérito na Gulbenkian.

Entre os vencedores anteriores do Prémio Praemium Imperiale, ​desde 1989, encontramos nomes como o realizador Martin Scorsese, o artista James Turrell, o arquitecto Norman Foster, a artista Cindy Sherman, o fotógrafo Sebastião Salgado ou o cineasta Jean-Luc Godard, que morreu esta semana.

A distinção, apelidada por muitos como o “Nobel das artes”, distingue personalidades que se tenham destacado “pelo impacto que intencionalmente tiveram nas artes e pelo seu papel enriquecedor na comunidade global”. Tradicionalmente a cerimónia de entrega dos prémios acontece a 19 de Outubro, em Tóquio, na presença do príncipe Hitachi, tio do imperador Naruhito, patrono honorário da Japan Art Association.

Para além destes prémios, é também distinguida uma instituição, ou grupo, que encoraje o envolvimento dos mais jovens nas artes. Este ano, a distinguida foi a alemã Kronberg Academy Foundation.

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