Frederico Varandas voltaria a apostar todos os cêntimos em Rúben Amorim

Presidente “leonino” fez balanço de quatro anos de mandato e lançou as bases de um futuro “sustentado em valores” e conquistas.

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Frederico Varandas garante que Rúben Amorim é o treinador certo EPA/ANDRE KOSTERS

No dia em que se cumpre o quarto aniversário de Frederico Varandas como presidente do Sporting, o líder do emblema de Alvalade fez um resumo das medidas que considera terem sido cruciais para resgatar o clube, passando pela recuperação financeira e desportiva.

Durante uma entrevista à televisão do clube, na Academia Cristiano Ronaldo, Francisco Varandas abordou a venda de Matheus Nunes e a reacção de Rúben Amorim, assumindo que voltaria a contratar o treinador que garante estar de corpo e alma no Sporting e no desenvolvimento do projecto do clube.

A caminho de novo mandato, o líder “leonino” começou por lembrar que não prometeu títulos quando foi eleito e acabou a projectar novas conquistas desportivas, sempre dentro do que entende serem os ideais e valores sportinguistas.

“Fomos firmes, acreditámos no que estávamos a fazer e nunca abdicámos dos nossos princípios, o que levou a uma recuperação extraordinária em todas as vertentes... Desportiva, financeira, de infra-estruturas, da valorização da marca e do orgulho de sentir o Sporting. Um clube com vitalidade, saudável, jovem e com futuro”.

Varandas não tinha ilusões quando tomou posse, pois sabia da “situação débil do clube, sem os recursos financeiros para resolver rapidamente a situação”. “Mas tínhamos os valores, ideais e princípios de que nunca abdicaremos, pois não há maior património e combustível para um clube que os valores, a integridade e o exemplo”, salientou, orgulhoso pelos resultados apresentados em 2021-22.

“A sustentabilidade é a palavra-chave. Não é possível ter sucesso desportivo a médio e longo prazo sem sustentabilidade. Nunca cairemos na tentação de hipotecar o futuro a troco de resultados imediatos. Jamais a popularidade de um presidente pode estar acima do clube”, notou.

De resto, o dirigente considera que “uma das razões que levou à estagnação do Sporting e ao distanciamento dos seus rivais foi o investimento limitado à equipa de futebol”. “É preciso visão a médio/longo prazo. Criar receitas estruturais e orgânicas para depois vender menos e dotar a equipa de melhores jogadores, beneficiando de maiores receitas”, insistiu.

“Atingimos marcos históricos. Recorde de receitas operacionais e volume de negócio. Apresentámos resultados positivos em todos os exercícios, excepto na pandemia. Mas ainda temos um lastro muito pesado do passado”. Um lastro que, por exemplo, levou à venda de Matheus Nunes.

“Tínhamos que fazer determinado encaixe. Já antes vendemos jogadores como o Bruno Fernandes e conquistámos títulos”, esclareceu, sensível à posição do técnico. “O Rúben Amorim é um treinador obcecado por vencer, que quer os melhores jogadores. Por isso, posso afirmar que é o treinador certo. E, para além da excelente relação profissional, temos uma ligação. A carreira dele estará sempre ligada à vinda para o Sporting. Hoje, gastaria todos os cêntimos de novo porque é o treinador certo. Está de corpo e alma no projecto Sporting, a reerguer o clube, com o orgulho de sabermos o que era e o que é hoje”.

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