Luís Raposo eleito para conselho executivo do ICOM

O arqueólogo Luís Raposo é o primeiro português a integrar o conselho executivo do Conselho Internacional de Museus, que é considerado a maior organização internacional de museus e de profissionais de museus.

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O arqueólogo Luís Raposo Nuno Ferreira Santos

O arqueólogo Luís Raposo foi eleito esta quarta-feira para o conselho executivo do Conselho Internacional de Museus (ICOM, em inglês), tornando-se no primeiro português a integrar este órgão do sector, disse o próprio à Lusa.

Luís Raposo, que concluiu este ano o segundo mandato como presidente do ICOM-Europa, uma divisão dentro desta organização não-governamental, é um dos novos 11 membros eleitos esta quarta-feira para o conselho executivo.

O ICOM é a maior organização internacional de museus e de profissionais de museus, criada em 1946, dedicada à preservação e divulgação do património natural e cultural mundial, tangível e intangível, através de orientações de boas práticas.

A italiana Emma Nardi foi eleita presidente, o coreano Inkyung Chang e o zambiano Terry Simioti Nyambe para vice-presidentes, segundo a página oficial do ICOM na Internet.

"É uma honra e uma imensa responsabilidade"

Contactado pela agência Lusa sobre a eleição para o novo cargo, Luís Raposo mostrou-se entusiasmado, salientando que “o conselho executivo constitui o verdadeiro órgão de gestão estratégica do ICOM”.

“É uma honra e uma imensa responsabilidade ser eleito para um tal órgão, especialmente numa fase tão complexa da vida internacional e também de transformação tão acelerada dos museus”, acrescentou.

Arqueólogo, especialista em Pré-História Antiga, Luís Raposo foi presidente do ICOM-Portugal entre 2008 e 2014, vice-presidente da Associação dos Arqueólogos Portugueses e director do Museu Nacional de Arqueologia entre 1996 e 2012.

Entre outras funções, foi membro do Grupo de Trabalho do ICOM sobre Estatutos, Regras Internas, Regulamentos e Governança (2014-2016), do Comité do ICOM de Acompanhamento do Plano Estratégico e Resoluções (2014-2016), embaixador para a criação de um Centro Internacional de Formação do ICOM para África (2016-2018) e membro do Comité Científico Permanente do Projecto europeu EU-Lac Museums (2017-2020).

A eleição dos novos dirigentes do ICOM foi realizada na assembleia geral da organização, que está a decorrer até domingo no Centro de Congressos de Praga, subordinada ao tema do Dia Internacional dos Museus deste ano, “O Poder dos Museus”.

No conselho executivo estão ainda, além de Luís Raposo, Feng Zhao (China), Marilia Bonas (Brasil), Kaja Sirok (Eslovénia), Tayeebeh Golnaz Golsabahit (Irão), Steph Scholten (Reino Unido), Deborah Tout-Smith (Austrália), Jody Steiger (Costa Rica), Karin Weil González (Chile), Ahmed Mohammed (Emirados), e Rachelle Doucet (Haiti).

Neste encontro anual, representantes de comités nacionais de 118 países, que envolvem mais de 44 mil membros, realizam reuniões de trabalho e debatem até domingo diversas questões que interessam aos museus, nomeadamente a sustentabilidade, liderança, e relação com a sociedade civil.

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