Covid-19: menos novos casos e menos mortes na última semana

Na semana de 9 a 15 de Agosto registaram-se menos 4382 novos casos e menos 20 óbitos, em Portugal. Houve ainda um quebra na incidência e nos internamentos, refere a DGS.

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Portugal registou 15.214 novos casos de covid-19 na última semana PAULO PIMENTA

Portugal registou 15.214 novos casos de covid-19 na semana de 9 a 15 de Agosto e 43 óbitos devido à doença, menos 20 do que a semana anterior, segundo dados divulgados esta sexta-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo o relatório, o total de casos da última semana representa uma variação semanal de menos 4382 casos. A incidência fixou-se em 148 casos por 100 mil habitantes, uma quebra de 22% face à semana anterior.

“A epidemia de covid-19 manteve uma incidência elevada, com tendência decrescente. O número de internamentos por covid-19 e mortalidade específica por covid-19 apresentam tendência decrescente. Deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica, recomendando-se a manutenção das medidas de protecção individual, a vacinação de reforço e a comunicação frequente destas medidas à população”, recomenda a DGS.

Os 43 óbitos representam um decréscimo de 20 casos face à semana anterior e a mortalidade por milhão de habitantes foi de quatro, um decréscimo de 32%. “A mortalidade específica por covid-19 (10,3 óbitos em 14 dias por 1.000.000 habitantes) apresenta uma tendência decrescente. A mortalidade por todas as causas encontra-se dentro do esperado para a época do ano, o que indica um possível término do período de excesso de mortalidade que decorria”, lê-se na nota da DGS.

Os internamentos hospitalares registaram uma queda ligeira, com um total de 559 internamentos na última semana, menos nove do que na semana anterior, e 39 internamentos em unidades de cuidados intensivos, uma variação semanal de menos quatro.

“A razão entre o número de pessoas internadas e infectadas foi de 0,24, indicando uma menor gravidade da infecção, à semelhança do observado desde o início de 2022”, refere a DGS.

Ainda de acordo com a actualização semanal, “a linhagem BA.5 da variante Ómicron continua a ser claramente dominante em Portugal, apresentando uma frequência relativa estimada de 94,5% na semana 31” (de 1 a 8 de Agosto).

“Esta linhagem tem revelado uma maior capacidade de transmissão, a qual é potencialmente mediada por mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células humanas e/ou pela sua capacidade de evasão à resposta imunitária”, acrescenta a DGS.

O índice de transmissibilidade (Rt) fixou-se em 0,92, acima dos 0,89 da semana precedente.

Segundo a DGS, o Rt “apresentou um valor inferior a 1 a nível nacional e em todas as regiões do continente, o que indica uma tendência decrescente de novos casos”, mas acrescenta que as regiões autónomas da Madeira e dos Açores são excepção a essa tendência decrescente.

Por região, o relatório revela que Lisboa e Vale do Tejo foi a região onde se registaram mais novos casos, com 5244 registos (-1860 do que na semana anterior), seguindo a região Norte com 3964 casos (-727) e a região Centro com 2878 (-518).

O Alentejo e o Algarve foram as únicas regiões a registar um aumento no número de internamentos, sendo que o Alentejo registou também um aumento do número de internados em unidades de cuidados intensivos (UCI).

“O número de pessoas com covid-19 internadas em UCI no continente revelou uma tendência decrescente, correspondendo a 15,3% (no período anterior em análise foi de 16,9%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas”, adianta a nota da DGS.

O número de óbitos diminuiu em todas as regiões do país, sendo que os Açores não registaram qualquer morte por covid-19 na última semana.

Em termos etários, todos os óbitos se registaram nas faixas etárias a partir dos 60 anos, sendo que a maioria se insere na faixa dos 80 ou mais anos.

No que se refere à cobertura vacinal, segundo a DGS, toda a população a partir dos 25 anos tem a vacinação completa e a partir da mesma idade há 67% de vacinados com pelo menos uma dose de reforço. Já a segunda dose de reforço, recomendada apenas para os mais idosos e vulneráveis, 62% das pessoas com 80 ou mais anos já recebeu a inoculação.

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