Medalha de bronze para Gabriel Lopes nos Europeus de natação

Nos 200m estilos, o nadador do Louzan conqusitou a segunda medalha portuguesa na competição, que está a decorrer em Roma.

Gabriel Lopes
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Gabriel Lopes Reuters/ANTONIO BRONIC
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Depois do bronze de Diogo Ribeiro nos 50m mariposa, Gabriel Lopes conquistou, nesta quarta-feira, a segunda medalha para Portugal nos Europeus de natação, que estão a decorrer em Roma. Na final dos 200m estilos, o nadador da Lousã foi terceiro e ficou com a medalha de bronze, com o tempo de 1m58,34s, numa chegada muito apertada entre os três primeiros.

A conquista de Lopes confirmou que estes Europeus na capital italiana são os melhores de sempre para as cores portuguesas e os primeiros em que Portugal conquistou duas medalhas, para além de aumentar para quatro o número de posições de pódio na prova continental - antes dos bronzes de Ribeiro e Lopes, também um bronze de Alexis Santos nos 200m estilos, em Londres 2016, e a prata de Alexandre Yokochi, em Sófia 1985, nos 200m bruços.

Lopes entrava para esta final com aspirações, ele que tinha sido o melhor das meias-finais, mas enfrentava uma forte concorrência em Roma, sabendo, de antemão, que teria de resistir aos ataques nos últimos 50m (estilo livre). Depois de um bom percurso de mariposa, o nadador português começou a ganhar lugares na primeira das suas especialidades (costas), virando aos 100m em segundo, e em primeiro nos 150m, depois de um excelente parcial em bruços.

Acabou por ceder um pouco nos últimos 50m, ultrapassado pelo húngaro Hubert Kos, novo campeão europeu com 1m57,72s, e pelo italiano Alberto Razzetti (1m57,82s), que ficou com a segunda medalha em Roma, depois dos títulos nos 400m estilos. O esforço de Lopes acabou por ser recompensando com a medalha de bronze, à frente de um dos favoritos, o suíço Jeremy Desplanches, antigo vice-campeão mundial e medalha de bronze em Tóquio 2020 nesta distância.

O primeiro finalista português do último dia da natação pura, em Roma, foi João Costa, nos 100m costas. A nadar na pista um, Costa fez uma final em crescendo, passando os primeiros 50m em sétimo e terminando em quinto, com 54,01s, não muito longe do seu recorde nacional (53,87s, marca feita já durante estes Europeus).

O triunfo nesta final acabou por não ser uma grande surpresa, mas aconteceu com menos folga do que se previa. O italiano Thomas Ceccon, campeão mundial e recordista da distância (51,50s), venceu com 52,21s, à frente do grego Apostolos Christou (52,24s) e do francês Yohann Brouard (52,92s).

Logo a seguir, foi Ana Catarina Monteiro a participar na final dos 200m mariposa. A nadadora do Clube Fluvial Vilacondense foi sétima, com 2m10,79s, tempo um pouco distante do seu recorde nacional (2m08,03s). Quem ficou com o título foi a jovem bósnia, de apenas 16 anos, Lana Pudar, vencedora com o tempo de 2m06,81s, à frente da dinamarquesa Helena Bach (2m07,30s) e da italiana Ilaria Cusinato (2m07,77s).

Melhores de sempre

Estes Europeus de Roma em piscina longa foram, de longe, os melhores de sempre para Portugal, e não apenas pelas duas medalhas conquistadas. Foi também pelas dez finais alcançadas por nadadores portugueses, o dobro das cinco atingidas em Glasgow 2018, que eram o máximo nos 23 Europeus de natação com participação portuguesa. Para além dos finalistas, mais nove presenças em meias-finais e uma dezena de novos recordes nacionais absolutos.

Uma semana brilhante para uma uma equipa de dez nadadores, numa comitiva que incluiu ainda uma dupla na natação artística feminina (Cheila Vieira e Maria Gonçalves ficaram em nono) e que terá quatro representantes nas águas abertas (Tiago Campos, Diogo Cardoso, Angélica André e Mafalda Rosa).

O maior destaque da comitiva foi Diogo Ribeiro, um jovem de apenas de 17 anos que confirmou, em Roma, ter um brilhante futuro à sua frente. Foi duplo finalista em 50m e 100m mariposa, brilhando de forma intensa na prova mais curta, na qual era o mais novo dos finalistas. Foi sempre em crescendo, batendo o recorde nacional em todas as eliminatórias, incluindo na final (23,07s), em que arrebatou o bronze e não muito longe dos dois primeiros.

Nos 100m mariposa, também fez novo máximo português (51,61s) a caminho da final, que terminou em oitavo, e falhou por muito pouco a qualificação para as finais em 50m e 100m livres.

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