DGPC pede classificação de “tesouro nacional” para cerca de 20 painéis do Museu do Azulejo

Processo está em curso. Entre os propostos a bem de interesse nacional está o “Ciclo do Apocalipse”.

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Museu Nacional do Azulejo Rui Gaudêncio

A Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) está a propor à tutela a classificação de vários painéis de azulejos do Museu Nacional do Azulejo, indica um anúncio publicado esta segunda-feira em Diário da República.

O projecto de decisão está assente num parecer da Secção de Museus, da Conservação e Restauro e do Património Imaterial do Conselho Nacional de Cultura, datado de 19 de Maio de 2022, e no anúncio assinado pela subdirectora-Geral do Património Cultural, Rita Jerónimo, são listados quais os painéis que poderão vir a ter a categoria de tesouro nacional. O processo foi encetado em Maio.

Em causa estão então o “conjunto de seis painéis de azulejos representando Musas, e fragmento de um painel denominado Parnaso”, bem como o “painel de azulejos Atena ou Minerva” e ainda um conjunto de painéis de azulejos Baptismo de Cristo e Cura do cego.

Da lista constam ainda um conjunto de painéis de azulejos do Ciclo do claustro superior da Sé do Porto, que incluem o Medalhão com Proserpina e Ascálafo em paisagem com caçadas, por exemplo, e o conjunto de painéis de azulejos Ciclo do Apocalipse: Visão dos sete candelabros e das sete estrelas, Visão dos quatro viventes, Abertura dos quatro selos — os quatro cavaleiros do Apocalipse, Abertura do quinto selo — as almas dos mártires diante do altar, Abertura do sexto selo — a queda das estrelas, A mulher da Babilónia, A queda da Babilónia, bem como A Nova Jerusalém, A segunda Árvore da Vida e Triunfo de Cristo.

A DGPC vai propor a classificação à secretária de Estado da Cultura, Isabel Cordeiro, antiga directora-geral do Património. O processo permite que quaisquer interessados tenham agora 30 dias para se pronunciarem sobre o caso (o anúncio data de 28 de Junho).

O Museu Nacional do Azulejo integra a Rede Portuguesa de Museus e da sua colecção constam obras datadas de meados do século XV até à contemporaneidade, não se esgotando o seu acervo no azulejo - situado em Lisboa, inclui ainda porcelanas, faianças, cerâmica e outras peças do século XVI também até aos dias de hoje. Foi criado em 1965 e situa-se no antigo Convento da Madre de Deus (1509).

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