Olhares

Os “Güevedoces” da República Dominicana são um caso muito conhecido (não único) de indivíduos com cromossomas masculinos (XY) que nascem com genitália externa feminina devido a um menor funcionamento de uma enzima.

Enquanto espécie evoluímos a privilegiar o curto prazo. Os problemas daí resultantes são bem conhecidos: ideias-chave como “não há um planeta B” não resultam em ação transformadora porque há outras prioridades imediatas, é tudo muito complicado, “amanhã” afinal não foi assim tão pior do que “ontem”; e, quando finalmente for, criaremos outras histórias, sublinhando a inevitabilidade e a culpa de alguém, que não nós. Mas a evolução (ou regressão) cultural é bem mais acelerada do que a bio-geológico-climática, oferecendo-nos “hojes” claramente diferentes de “ontens”. Melhores ou piores (é uma questão de opinião), mas sem dúvida interessantes. A discussão tida com posições públicas sobre questões LGBTQIA+, por pessoas tão diversas como um colega de Aveiro ou José Pacheco Pereira, são reveladoras, em níveis obviamente muito diferentes. Mas são interrogações que espelham outras.

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