Quando a comédia quer ser portuguesa

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As comédias à portuguesa têm a família como núcleo central, e as suas ordens hierárquicas são muito bem definidas, sobretudo nos papéis de género e nas próprias dinâmicas de poder. Claro que o discurso das comédias à portuguesa é também revelado por aquilo que não aparece no ecrã

Nos últimos anos, um projecto de desenvolvimento de vários filmes pretendeu refazer, no tempo contemporâneo, as mais icónicas “comédias à portuguesa” produzidas nas décadas de 30 e 40 do século passado. Sob o comando de Leonel Vieira – e sempre com o apoio da RTP – foram lançados no circuito comercial três filmes: O Pátio das Cantigas (2015) e O Leão da Estrela (2015), ambos realizados por Leonel Vieira, e A Canção de Lisboa (2016), realizado por Pedro Varela. Esta semana, estreia-se nas salas de cinema portuguesas a versão de O Pai Tirano, realizada por João Gomes, com o apoio da SIC. Partindo destes remakes e da ideia inicial de Leonel Vieira – fazer uma “homenagem” aos populares filmes da comédia à portuguesa –, procuraremos tentar uma leitura destas adaptações, da sua pertinência no contexto audiovisual português, mas também procurando fazer uma recontextualização dos filmes originais, cuja mitologia tem sido desconstruída, nos últimos anos, pela academia portuguesa.

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