Incêndios: situação de alerta prolongada até quinta-feira

Nível de resposta volta a ser reavaliado daqui a dois dias. País entrou em situação de alerta às 00h de segunda-feira.

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Nélson Garrido

A situação de alerta em Portugal, por causa dos incêndios, vai prolongar-se até quinta-feira, anunciou esta terça-feira o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.

O Governo decidiu esta terça-feira manter o nível de resposta em Portugal continental, mantendo-se assim em situação de alerta devido ao agravamento do risco de incêndio rural. A decisão prende-se com o aumento das temperaturas previsto para os próximos dias.

O país entrou em situação de alerta às 00h de segunda-feira, com término às 23h59 desta terça-feira. Haverá “nova reavaliação” das condições na quinta-feira (dia 21) para decidir a manutenção ou agravamento do nível de resposta.

“A partir de dias 22 e 23, prevê-se que possa haver um recrudescimento das temperaturas e um aumento da percentagem de território nacional que se encontrará em risco de seca extrema”, acrescentou José Luís Carneiro, sublinhando que a situação de alerta mantém algumas medidas excepcionais devido ao facto de o país se encontrar em “circunstâncias que exigem um cuidado acrescido de todos nós”.

“Todavia, não estamos nestes próximos dois dias nos níveis que justificaram, para dia 13 e 15 de Julho, níveis de risco conjugados: temperaturas que podiam atingir os 47 graus, humidade abaixo de 10%, ventos secos de Leste e do Mediterrâneo, solos a 60 graus e trovoadas secas. Felizmente, não é neste momento a circunstância em que se encontra o país”, explicou o ministro relativamente à manutenção da situação de alerta e não um agravamento da resposta.

Quanto às proibições, mantêm-se em vigor as mesmas, sendo sublinhadas as de proibição do uso de fogo e de máquinas em espaço agrícola e florestal.

Neste segundo ponto, mantém-se a excepção que autoriza a colheita de cereais, desta vez com mais horas nas janelas temporais permitidas: os trabalhos de colheita de cultura agrícolas passam a ser autorizados entre as 7h e as 11h e, ao final do dia, entre as 18h e as 23h.

Na situação de alerta declarada domingo, os períodos autorizados eram das 6h às 10h e das 19h às 22h, o que motivou queixas por parte dos agricultores uma vez que o período da manhã não é propício a ceifar, por questões técnicas da actividade.

Na semana passada, Portugal continental esteve em situação de contingência desde segunda-feira (11 de Julho) até às 23h59 de domingo.

A situação de alerta corresponde ao primeiro nível de resposta previsto na lei da Protecção Civil.

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