Anjos, arcanjos, querubins e serafins

Tal como o nominalismo escolástico, mais do que classificar o mundo, este discurso pretende dominá-lo e hierarquizá-lo. Não é libertador, mas opressor. As democracias contêm todas as diferenças, mas não são corporações de identidades, nem de “comunidades”.

Esta questão da LGBTTTQQIAA+ sempre me pareceu o afã medieval dos teólogos para definir a hierarquia dos céus, com os Serafins, Querubins, Tronos, Domínios, Virtudes, Poderes, Principados, Arcanjos, e Anjos, o que daria SQTDVPPAA, mesmo assim com menos letras e sem aquele indeterminado +. Ironia à parte, há um aspecto comum, o nominalismo escolástico que, mais do que classificar o mundo, pretende dominá-lo e hierarquizá-lo. Reafirmo o meu ponto essencial: este não é um discurso libertador, mas opressor, e as democracias contêm todas as diferenças, mas não são corporações de identidades, nem de “comunidades”.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 144 comentários