Batidos recordes de temperatura em seis estações meteorológicas

Em 28 estações foram ultrapassados os anteriores maiores valores da temperatura máxima para o mês de Julho e “em seis dessas estações” foram batidos recordes absolutos, desde que há registos. Monção foi uma dessas estações: as temperaturas chegaram aos 42,7ºC, ultrapassando o anterior recorde de 42ºC em 1968.

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Os valores de temperatura máxima do ar foram superiores a 30ºC em “praticamente todo o território”, diz o IPMA ADRIANO MIRANDA/PUBLICO

Os termómetros não mentiram: na terça-feira bateram-se alguns recordes absolutos de temperatura em seis estações meteorológicas, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). "Em 28 estações foram ultrapassados os anteriores maiores valores da temperatura máxima para o mês de Julho”, e, “em seis dessas estações foram excedidos os anteriores extremos absolutos.” O tempo quente continua esta quarta-feira em todo o país – com 16 distritos em aviso vermelho – e deverá continuar nas regiões do interior até sexta-feira.

Foi uma terça-feira tórrida. Em Monção, as temperaturas máximas chegaram aos 42,7ºC (ultrapassando o anterior recorde de 42ºC em 1968). Em Coimbra (Aeródromo) chegaram aos 41,9ºC. Em Moimenta da Beira foram 41ºC e na Figueira da Foz/ Vila Verde, 41ºC. Em Bragança registaram-se 40,2ºC e em Lamas de Mouro foram 36,1ºC. Foram recordes, temperaturas nunca antes registadas nestas estações meteorológicas, fruto da vaga de calor que se tem feito sentir em Portugal.

A estação meteorológica de Alvega, onde esteve mais quente, registou 44,6ºC, a de Leiria (Aeródromo) 44,1ºC e a de Tomar (Valdonas), 44ºC. A Amareleja, um dos locais historicamente mais quentes em Portugal — e onde se registou a temperatura máxima mais alta, 47,3ºC em 2003 —, foram registados esta terça-feira 43,9ºC.

Em comunicado, o IPMA salienta ainda que os valores de temperatura máxima do ar foram superiores a 30ºC em “praticamente todo o território”, à excepção do Cabo Carvoeiro, Foia e Sagres. Os valores de temperatura máxima acima dos 35ºC registaram-se em “cerca de 88% do território” e acima dos 40ºC foi em “40% do território”.

Há 28 estações meteorológicas que cumprem os “requisitos em relação às ondas de calor”. A que está há mais tempo em onda de calor é a de Santarém/ Fonte Boa, que está assim há 11 dias, desde dia 2 de Julho. Seguem-se as estações de Montalegre e Pinhão, há nove dias em onda de calor, e Alvega, há oito. Coruche, Avis Benavila e Mora estão há sete dias em onda de calor. As restantes estações contabilizam seis dias em onda de calor.

Para esta quarta-feira, o cenário previsto é idêntico. O panorama fez com que o IPMA lançasse um aviso vermelho, o mais grave, para 16 dos 18 distritos de Portugal continental. Mais de uma centena de concelhos está em perigo máximo de incêndios rurais. Apenas os distritos de Viana do Castelo e Faro escapam ao aviso vermelho: estão sob aviso laranja e amarelo respectivamente.

“Prevê-se que os valores mais elevados de temperatura do ar possam ocorrer nos dias 13 ou 14 em alguns locais, em especial no Alentejo e Vale do Tejo, onde se poderão registar valores da ordem de 46°C, e no nordeste transmontano, com valores entre 40 e 44°C. Mantém-se a persistência da ocorrência de noites tropicais (temperatura mínima acima de 20°C) na generalidade do território, pelo menos até à noite dos dias 14 para 15”, lê-se num comunicado do IPMA onde se alerta para o tempo quente.

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