Líder do Daesh na Síria morto em ataque de drone

Maher al-Agal era um dos cinco principais líderes do grupo, responsável pelo desenvolvimento das redes do Daesh fora do Iraque e da Síria.

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A morte de Maher al-Agal é mais um golpe nos esforços do Daesh para se reorganizar como uma força de guerrilha (imagem de arquivo) EPA/AHMED MARDNLI

O líder do Daesh na Síria, Maher al-Agal, foi morto num ataque aéreo dos Estados Unidos, confirmou o exército norte-americano esta terça-feira. Maher al-Agal era um dos cinco principais líderes do grupo, responsável pelo desenvolvimento de redes fora do Iraque e da Síria.

Em comunicado, as forças norte-americanas explicam que Maher al-Agal foi morto num ataque aéreo no noroeste da Síria e que um colaborador próximo ficou gravemente ferido. “Existiu um extenso planeamento nesta operação para assegurar a sua execução bem-sucedida. A informação inicial indica que não existiram baixas civis”, lê-se na declaração.

A morte de Maher al-Agal é mais um golpe nos esforços do Daesh para se reorganizar como uma força de guerrilha depois de perder grandes extensões de território.

Os Estados Unidos têm actualmente cerca de 900 militares na Síria, a maior parte das quais no leste do país. A administração do Presidente Joe Biden ainda não explicou a missão a longo prazo para estas tropas.

A Defesa Civil Síria, uma organização humanitária que opera em áreas ocupadas pela oposição, avança que um drone não identificado atingiu uma mota na aldeia de Khaltan, na zona rural do norte da região de Aleppo, matando duas pessoas.

Os militares norte-americanos não mencionaram uma mota na declaração desta terça-feira, mas notam que um alto funcionário do Daesh, próximo de Maher, ficou gravemente ferido durante o ataque.

Em Fevereiro, o principal líder do Daesh fez-se explodir durante uma rusga militar dos Estados Unidos na Síria.

No auge do seu poder, entre 2014 e 2017, o autoproclamado Estado Islâmico governou milhões de pessoas, reivindicou a responsabilidade de ataques em dezenas de cidades de todo o mundo, e inspirou outros.

O seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi, declarou um califado sobre um quarto do Iraque e da Síria em 2014, antes de ser morto numa operação pelas forças especiais dos Estados Unidos no noroeste da Síria em 2019, quando o grupo entrou em colapso.

“O Daesh continua a representar uma ameaça para os EUA e parceiros na região”, disse um porta-voz do Comando Central dos EUA na declaração desta terça-feira sobre o ataque com drone.

Os analistas acreditam que muitos combatentes do Daesh podem ter voltado à vida normal, como civis, mas poderão aderir novamente ao grupo caso surja uma oportunidade.

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