Paulo Mota Pinto sai da liderança da bancada. Miranda Sarmento é o sucessor

Líder da bancada parlamentar do PSD marcou eleições para nova direcção a 12 de Julho a pedido de Montenegro.

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Paulo Mota Pinto liderou a bancada durante quase três meses Rui Gaudencio

Paulo Mota Pinto vai deixar a liderança da bancada parlamentar do PSD e convocar eleições para a direcção, a pedido do líder eleito, Luís Montenegro. “Fui informado pelo dr. Montenegro que pretende mudar a direcção do grupo parlamentar, e para isso têm de ser realizadas eleições”, anunciou aos jornalistas no Parlamento. Pouco tempo depois, Joaquim Miranda Sarmento, que coordenou a moção de estratégia de Luís Montenegro, anunciou aos deputados que será candidato ao cargo.

Paulo Mota Pinto adiantou que as eleições para a direcção da bancada serão convocadas no próximo dia 4, a data em que Luís Montenegro entra em funções, e são realizadas dia 12, à luz do prazo regulamentar.

O ainda líder parlamentar admitiu que tinha disponibilidade para continuar. “Eu estava disponível para exercer o mandato e para me articular com a direcção do partido”, disse sem clarificar se se irá manter como deputado. Joaquim Miranda Sarmento, que preside ao conselho estratégico nacional, enviou uma mensagem aos deputados a que o PÚBLICO teve acesso, em que se assumiu como candidato a líder da bancada “em coordenação” com Montenegro, comprometendo-se em falar com os sociais-democratas na próxima semana.

O ex-juiz do Tribunal Constitucional foi uma escolha de Rui Rio e foi eleito líder parlamentar no início do mês de Abril com uma esmagadora maioria (92%) dos votos, numa altura em que o PSD já preparava a transição de liderança.

Até agora, Paulo Mota Pinto, que também é presidente da mesa do congresso e do conselho nacional, tinha-se escusado a revelar se se iria continuar a liderar a bancada, remetendo para uma conversa a ter com Luís Montenegro, eleito líder do PSD no final de Maio. Nas últimas semanas, a continuidade de Paulo Mota Pinto à frente da bancada parlamentar tem estado envolta em segredo.

Paulo Mota Pinto tinha gerado muitos anti-corpos entre os apoiantes de Luís Montenegro por causa da forma como conduziu alguns conselhos nacionais durante a liderança de Rui Rio, em especial aquele em que foram aprovadas as listas de deputados em que foram afastados praticamente todos críticos da direcção e em que exigiu lealdade absoluta aos candidatos.

Actualmente, Paulo Mota Pinto tem uma direcção com sete vice-presidentes: André Coelho Lima, Catarina Rocha Ferreira, Paula Cardoso, Hugo Carvalho, Fátima Ramos, Paulo Rios de Oliveira, Ricardo Baptista Leite. Hugo Carneiro e Sofia Matos estavam como secretários da direcção.

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