Angel Olsen a soar maior do que a vida

Big Time nasceu sob o signo da libertação e da tragédia. Entre sombras e esperança, com o coração na country, mas não se contendo nela, Angel Olsen criou um clássico moderno.

Foto
Não devia surpreender-nos que Olsen assinasse um álbum country e, ainda assim, somos surpreendidos: Big Time é (i)maculadamente clássico Angela Ricciardi

Que havia uma cantora country em Angel Olsen não será propriamente uma surpresa. A country esteve sempre em subtexto na música da cantora e compositora de St. Louis, mesmo se foi pela sensibilidade folk que primeiro reparámos nela, mesmo que tenha mostrado queda para catarse rock’n’roll, mesmo que nunca tenha escondido o prazer e a curiosidade pela experimentação, contaminando a sua escrita de outras linguagens, de outros adornos de produção. Isso o mostraram Burn Your Fire For No Witness, o álbum de 2014, o segundo da sua carreira, que a colocou no mapa musical, o seu sucessor, o feérico My Woman (2016), e o multifacetado All Mirrors (2019). Assim sendo, não devia ser surpresa aquilo que nos mostra agora a música que deu os primeiros passos enquanto membro da banda de Bonnie Prince Billy.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar