Chega avança com iniciativas legislativas para melhor acesso aos cuidados de saúde

Partido liderado por André ventura quer que o Governo promova um estudo para compreender e identificar as causas de perda gestacional e factores associados e que inclua na prestação de cuidados de saúde perinatais e pós-parto.

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André Ventura, deputado e líder do Chega LUSA/ANTÓNIO PEDRO SANTOS

O Chega deu entrada no Parlamento a duas iniciativas legislativas para melhorar o acesso aos cuidados de saúde, revelou esta terça-feira o partido de André Ventura.

“Nomeadamente no acesso dos cidadãos a consultas, meios complementares de diagnóstico e terapêutica em tempo útil e criando medidas de protecção da mulher grávida nos cuidados de saúde e no trabalho”, especifica a nota enviada às redacções.

O partido refere a ruptura em que se encontra o Sistema Nacional de Saúde (SNS) e que se tem manifestado todos os dias. “Exemplo disso são os serviços de urgência obstétrica de vários hospitais, que encerram por falta de médicos, como foi o caso, este fim-de-semana, de hospitais de Lisboa e Vale do Tejo, Braga e Caldas da Rainha, neste último tendo mesmo morrido um bebé durante o parto por falta de médicos”, denuncia.

“Mas, infelizmente, o caos do SNS não se resume ao serviço de obstetrícia, estendendo-se também aos tempos de espera por consultas de medicina geral e familiar e/ou de especialidade, bem como no acesso à realização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica, que chegam a demorar semanas, meses e nalguns casos, mesmo anos”, enumera.

“A única forma de proporcionar cuidados de saúde atempados aos cidadãos, de acordo com aquilo a que o próprio Estado diz terem direito, é referenciá-los para a primeira resposta disponível, seja ela do sector público, privado ou social, deixando, de uma vez por todas, de sobrepor preconceitos ideológicos à saúde dos portugueses. Nesse sentido, o Chega propõe que o médico de família aceda a uma plataforma de marcação de consultas, que permitirá saber quais os prestadores inscritos e qual a disponibilidade de vagas nas várias especialidades, iniciando de imediato o processo de marcação da primeira consulta, o que irá reduzir substancialmente as listas de espera”, propõe.

Sobre as mulheres grávidas, propõe-se entre outras medidas, que o Governo promova um estudo para compreender e identificar as causas de perda gestacional e factores associados e que inclua na prestação de cuidados de saúde perinatais e pós-parto, acções de preparação para o parto e formativas pós-parto que assegurem a continuidade de cuidados.

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