Cinema Batalha reabre em Dezembro com o filme A Sibila

Reabertura, inicialmente prevista para 2019, já foi adiada por diversas vezes. Filme a partir de obra de Agustina Bessa-Luís deverá marcar abertura

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Cinema Batalha Nelson Garrido

O filme inspirado no icónico romance de Agustina Bessa-Luís A Sibila, do realizador Eduardo Brito e com produção de Paulo Branco, deverá marcar a reabertura do Cinema Batalha, no Porto, na “primeira semana de Dezembro”. A dupla informação foi dada pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, durante a reunião de câmara desta segunda-feira.

A reabertura do Batalha esteve prevista para 2019, mas com o início da empreitada a data foi afinada para Janeiro de 2021. A falta de materiais de construção voltou, no entanto, a atrasar a obra para Setembro e, mais recentemente, para o “último trimestre” deste ano.

Questionado pela vereadora Ilda Figueiredo, Rui Moreira justificou este atraso com a escassez de materiais para a cobertura, nomeadamente de caixilharia.

Já antes, a autarquia havia dado explicações sobre o atraso das obras, dizendo que o estado de degradação do edifício se revelou mais profundo do que o aguardado. Além disso, mais recentemente, outra história se revelou: os frescos pintados, nos anos 1940, nas paredes do cinema por Júlio Pomar (1926-2018) foram descobertos após um minucioso, mas moroso, trabalho.

O director artístico do futuro Batalha - Centro de Cinema, Guilherme Blanc, explicou ao PÚBLICO que foi contratada uma equipa especializada para realizar trabalhos de sondagem que, recorrendo apenas a químicos, conseguiu desvendar os dois frescos depois de se eliminarem sete camadas de tinta. “Foi surpreendente a facilidade em como rapidamente, através desta sondagem, se detectou a presença do painel na sua quase integralidade”, afirmou.

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