O Estado emprega mais de 741 mil trabalhadores, o número mais alto da década. E, no entanto, há alunos que ficam meses sem aulas, porque não há professores colocados, e mais de um milhão de portugueses sem médico de família. O país tem a função pública de que precisa? Da saúde à educação, da defesa às forças de segurança, a partir de sábado, 11 de Junho, o PÚBLICO coloca o tema na ordem do dia.

Falámos nas últimas semanas com muitos funcionários públicos, de diferentes gerações, em diferentes pontos do país, protagonistas dos diferentes papéis desta grande máquina que é o Estado. Entrevistámos decisores políticos, sindicalistas, académicos. Procurámos respostas, compilámos estatísticas e descodificámo-las.

Fomos verificar se alguns mitos sobre o funcionalismo público — “eles ganham mais, têm mais férias, reformam-se mais cedo, são menos flexíveis” — são, realmente, mitos.

E quisemos saber o que move os mais jovens quando escolhem serem servidores do Estado (e o que levou outros, igualmente jovens, a escolher sê-lo, mas noutros países).

O retrato da administração pública portuguesa, nalguns sectores, não é animador. O envelhecimento é um dos desafios. Na educação, por exemplo, são cerca de 120 mil os professores que leccionam no ensino público e mais de 40 mil passarão à reforma até 2030/31.

É a carreira no Estado suficientemente apelativa para competir com o sector privado? Tem o Estado o que é preciso para atrair os melhores quadros? E tem gente a mais, gente a menos, ou não faz sentido sequer colocar a questão neste termos?

Até dia 16 de Junho, todos os dias, no PÚBLICO online e nas bancas, em papel: o estado da administração pública portuguesa.