Timor-Leste. E agora, José (Ramos-Horta)?

Ostracizar Xanana e o que ele representa tem potencial para debilitar o processo de consolidação democrática. Espera-se do novo Presidente a defesa das condições especiais em que Timor está a construir a sua democracia.

No momento em que se prepara para celebrar o 20.º aniversário da restauração da sua independência, Timor-Leste acaba de realizar a sua quinta eleição presidencial. Mais uma vez, cumpriu-se o preceituado na sua Constituição, e o acto foi reconhecido pelas instâncias de observação internacionais como livre e justo. Cumpriu-se também uma tradição: foi eleito um novo Presidente, José Ramos Horta (J.R.H.) já que nenhum dos incumbentes alguma vez logrou a sua reeleição (umas vezes porque não se apresentaram a sufrágio, outra vez porque o eleitorado assim o decidiu). Parece, assim, que o sistema político se tem mostrado capaz de acompanhar as flutuações sociais e políticas do país, dando-lhes cobertura institucional. Isto não significa, porém, que esteja imune a pressões significativas, e que não esteja a passar por um momento de elevada tensão.

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