Kremlin critica proibição “inaceitável” de tenistas russos em Wimbledon

Medida foi anunciada pela organização do torneio nesta quarta-feira. Russos lamentam “preconceito político”.

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Daniil Medvedev EPA/DIEGO FEDELE

O Kremlin considerou nesta quarta-feira “inaceitável” proibir os tenistas russos de participarem no torneio de ténis de Wimbledon, que vai decorrer de 27 de Junho a 10 de Julho, depois de a imprensa britânica ter noticiado essa possibilidade e de a organização do torneio ter, entretanto, confirmado a medida.

“Mais uma vez, estão a manter os atletas reféns do preconceito político e isso é inaceitável”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acrescentando que a exclusão dos tenistas russos “irá provocar impacto na própria competição”.

Os organizadores do torneio de Wimbledon decidiram excluir jogadores russos e bielorrussos da próxima edição, por causa da ofensiva militar de Moscovo na Ucrânia, apoiada por Minsk. “Dadas as circunstâncias de uma agressão militar e injustificada, seria inaceitável permitir ao regime russo que colhesse benefícios do envolvimento de jogadores russos e bielorrussos nos campeonatos. Assim, com profundo pesar, é nossa intenção recusar a entradas de jogadores russos e bielorrussos nos Campeonatos de 2022”, lê-se no comunicado.

Esta decisão inviabilizará a participação, entre outros, do russo Daniil Medvedev, número dois do ranking mundial, e da bielorrussa Aryna Sabalenka, semifinalista em Wimbledon no ano passado. A respeito da invasão russa à Ucrânia, Daniil Medvedev disse que queria “paz em todo o mundo”, mas absteve-se de criticar frontalmente a operação militar lançada por Vladimir Putin a 24 de Fevereiro.

Após o início desta ofensiva, as autoridades do ténis decidiram que os jogadores russos e bielorrussos não poderiam competir sob o nome ou a bandeira do seu país - podem, no entanto, participar sob uma bandeira neutra.

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