Cachalote com cerca de 15 metros e ainda vivo encalhou na Fonte da Telha

Instituto de Conservação da Natureza avança que avaliações apontam para a existência de fracturas no corpo do animal, que poderá ter sido abalroado por uma embarcação. Animal encontra-se muito próximo do areal e o mais provável é que não sobreviva.

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Um cachalote com cerca de 15 metros arrojou esta sexta-feira na praia da Fonte da Telha, em Almada, adiantou fonte da Polícia Marítima (PM) e do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). O animal está vivo, mas tem fracturas no corpo e as autoridades antecipam que o mais provável é que não sobreviva.

Segundo a PM, que tem agentes no local a acompanhar a situação e que foi alertada por volta das 9h00, as autoridades esperavam a mudança da maré para avaliar como pode ser desencalhado o cachalote, admitindo que só possa vir a ser retirado por terra.

O cachalote, que está ainda vivo, encontra-se muito próximo do areal. Segundo pescadores locais, o animal é visível a partir da praia desde cerca das 6h00.

O socorro está a ser dirigido pelo ICNF que, ao final do dia desta sexta-feira, informou que se trata de um cachalote, com 14,8 metros e um peso estimado de 15 toneladas. “As primeiras avaliações parecem apontar para a possível existência de fracturas no corpo do animal, possivelmente provocadas por um abalroamento”, explica aquele organismo público num comunicado enviado na tarde desta sexta-feira.

“Após os primeiros avistamentos do animal, a PM procedeu à tentativa de encaminhar o animal para uma zona de águas mais profundas, procurando afastá-lo da costa”, conta o ICNF. O animal “não reagiu à proximidade das embarcações, o que indicia a forte probabilidade de já não se encontrar saudável antes de encalhar na praia”.

O habitat natural destes animais são águas bastante profundas e, geralmente, quando se aproximam de zonas costeiras é por já se encontrarem doentes ou por terem sofrido algum problema, avança ainda o instituto.

As autoridades antecipam que o mais provável é que o cachalote venha a morrer. A partir do momento em que o animal “assentou na areia, tornou-se impossível deslocá-lo sem provocar mais danos e sofrimento, além daqueles já relacionados com os problemas de que padece – e que terão estado na origem do arrojamento – e com o sofrimento provocado por ter o seu peso todo assente na areia”.

O ICNF “continuará no local a acompanhar evolução da situação e o estado de saúde do animal e caso se confirme a morte deste animal, faremos posteriormente uma avaliação externa mais aprofundada para avaliar a existência de ferimentos ou sintomas de doenças que expliquem esta ocorrência”, acrescentou aquele instituto.

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