Exposição
As constelações desenhadas de Cláudia Salgueiro contam a história de uma Viagem Maior
Em Viagem Maior, Cláudia Salgueiro apresenta “ilustrações sobre constelações”, cujas histórias já vêm “desde a Antiguidade”. Para ver na Galeria Padaria Águas Furtadas, no Porto, até, pelo menos, 15 de Maio.
As constelações são o foco dos desenhos da ilustradora e designer Cláudia Salgueiro, agora expostos na Galeria Padaria Águas Furtadas, no Porto. A ideia para Viagem Maior, que pode ser visitada até 15 de Maio, nasceu “há já algum tempo”. Cláudia Salgueiro teve oportunidade de “fazer um pouco de pesquisa sobre as histórias que existem por detrás de cada constelação” e contar essas mesmas histórias nas ilustrações.
Para a artista natural do Entroncamento, que vive actualmente no Porto, as constelações são um “motivo” de histórias “desde a Antiguidade”, as quais se vão alterando “consoante [as] culturas diferentes”. “Há todo um conjunto de histórias [por todo o mundo] que são muito importantes de explorar.”
Feitos a grafite – a marca da ilustradora de 31 anos –, os desenhos apresentam um contraste entre o papel, com um “tom mais escuro”, e o branco das constelações, assemelhando-se à “relação entre as estrelas, que são brancas, e o céu, [que] é escuro”. Para além do método “mais tradicional”, as imagens detêm, igualmente, uma componente digital, com recurso ao desenho vectorial para formar as constelações. Para Cláudia Salgueiro, esta conjugação permite “explorar a relação entre o analógico e o digital, quais são as possibilidades, o que é que um tem a ganhar em relação ao outro”.
Na exposição, os visitantes podem “descobrir e questionar mais sobre as constelações e o que elas significam”, assim como perceber as diferenças nas perspectivas de várias culturas, desde o Hemisfério Norte ao Hemisfério Sul. “Para nós, [a constelação] pode significar uma coisa e, para outra cultura pode significar outra.”
Viagem Maior é de entrada livre e pode ser visitada, pelo menos, até 15 de Maio.
Texto editado por Ana Maria Henriques