não é um reino, é uma aspiração, luta contínua, um lugar idílico

O novo álbum dos Lavoisier é um passo em frente e, ao mesmo tempo, o lugar em que se concentra o mundo que Roberto Afonso e Patrícia Relva foram vivendo até aqui. A tradição tornou-se, definitivamente, outra coisa.

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A conversa vai longa e Roberto Afonso fala com entusiasmo e admiração de Pirate Jenny, a canção que Nina Simone resgatou a Kurt Weill, originalmente incluída n’ A Ópera dos Três Vinténs de Bertold Brecht. Recorda a canção para ilustrar aquilo que os Lavoisier perseguem, essa capacidade de “transcender a convenção da canção que cria um portal que nos permite aceder a um sítio, que nos oferece uma história, um imaginário”. Perdendo-nos, havemos de nos encontrar, transformados, maiores. “Quando ouves o Pirate Jenny”, diz Roberto, “são piratas que vêm num navio, mas não percebemos exactamente o que é o navio, talvez seja um navio fantasma, e será que mataram as pessoas todas?”. Avançamos canção fora, entre o temor e o deslumbramento, inebriados pelo som, ansiosos pela descoberta. Eis algo que eles aprenderam bem.

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